ARTRITE REATIVA PÓS‐ESTREPTOCOCICA SIMULANDO OUTRAS ARTRITES INFECCIOSAS: RELATO DE CASO

ARTRITE REATIVA PÓS‐ESTREPTOCOCICA SIMULANDO OUTRAS ARTRITES INFECCIOSAS: RELATO DE CASO

r e v b r a s r e u m a t o l . 2 0 1 7;5 7(S 1):S243–S304 refer ê ncias 1. Gelfand JM, Gladman DD, Mease PJ, Smith N, Margolis DJ, Nijsten T, et al...

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r e v b r a s r e u m a t o l . 2 0 1 7;5 7(S 1):S243–S304

refer ê ncias

1. Gelfand JM, Gladman DD, Mease PJ, Smith N, Margolis DJ, Nijsten T, et al. Epidemiology of psoriatic arthritis in the population of the United States. J Am Acad Dermatol. 2005;53:573. 2. Ibrahim G, Waxman R, Helliwell PS. The prevalence of psoriatic arthritis in people with psoriasis. Arthritis Rheum. 2009;61:1373–8. 3. Ten Klooster PM, Vonkeman HE, Oude Voshaar MA, Bode C, van de Laar MA. Experiences of gout-related disability from the patients’ perspective: a mixed methods study. Clin Rheumatol. 2014;33:1145–54. 4. De Bari C, Lapadula G, Cantatore FP. Coexisting psoriatic arthritis, gout, and chondrocalcinosis. Scand J Rheumatol. 1998;27:306–9.

http://dx.doi.org/10.1016/j.rbr.2017.07.309 PO413 ARTRITE REATIVA PÓS-ESTREPTOCOCICA SIMULANDO OUTRAS ARTRITES INFECCIOSAS: RELATO DE CASO F.P. Souza a , A.B. Fonseca a , L.S. Freitas b , R.M. Copês a a

Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Santa Maria, RS, Brasil b Universidade Federal do Paraná (UFPR), Curitiba, PR, Brasil A Artrite Reativa Pós-Estreptocócica (AREPE) é uma síndrome com origem na resposta imune tardia à infecc¸ão pelo estreptococo ß hemolítico do grupo A de Lancefield. Tem mecanismo fisiopatológico semelhante à Febre Reumática (FR), mas se caracteriza por período de latência inferior a duas semanas e impacto de grandes e pequenas articulac¸ões de forma não migratória e não necessariamente assimétrica, além do esqueleto axial causando rigidez matinal em até 20% dos pacientes. Não apresenta resposta satisfatória aos salicilatos e aos AINES. Descreveremos um caso de AREPE que inicialmente causou dúvida diagnóstica e necessidade de investigac¸ão de diagnósticos diferenciais. Relato de caso: Paciente feminina, 33 anos, sexualmente ativa, iniciou quadro de amigdalite e úlceras orais. Após 3 dias, desenvolveu poliartralgias, artrite em punho E e tornozelo E, associado a lombalgia inflamatória, tenossinovites, ulceras genitais, eritema nodoso e pústulas em membros. Diante da possibilidade de Doenc¸as Sexualmente Transmissíveis (DSTs), AREPE ou artrite reativa foi iniciado ceftriaxone + AINE e realizada investigac¸ão com sorologias para hepatites, HIV, sífilis, chlamydia, gonococo, hemoculturas e PCR na urina para DSTs, todas negativas. ASLO aumentado e HLAB27 positivo. Líquido sinovial inflamatório e sem microrganismos. Ecocardiograma normal. A paciente evoluiu com resposta lenta a AINE. Diante do diagnóstico de AREPE foi realizada profilaxia com penicilina benzatina por 1 ano e não desenvolveu sequelas cardíacas. Discussão: A AREPE é uma patologia semelhante à FR porém não preenche os critérios de Jones, apresenta um período de latência menor e mais manifestac¸ões extra-articulares como eritema nodoso e tenossinovites. A nossa

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paciente apresentou AREPE com artrite, tenossinovite, eritema nodoso, pústulas e associada ao HLAB27, confirmado pelo ASLO aumentado com exclusão de outras patologias sugestivas como DSTs. Apesar da profilaxia com penicilina benzatina ser controversa em casos de AREPE alguns autores advogam que deva ser feita por 1-2 anos, conforme realizado na nossa paciente.

refer ê ncias

1. Barash J, Mashiach E, Navon-Elkan P, Berkun Y, Harel L, Tauber T, et al. Differentiation of post-streptococcal reactive arthritis from acute rheumatic fever. J Pediatr. 2008;153:696–9. 2. van Bemmel JM, Delgado V, Holman ER, Allaart CF, Huizinga TW, Bax JJ, et al. No increased risk of valvular heart disease in adult poststreptococcal reactive arthritis. Arthritis Rheum. 2009;60:987–93. 3. Crea MA, Mortimer EA Jr. The nature of scarlatinal arthritis. Pediatrics. 1959;23:879–84. 4. Ahmed S, Ayoub EM, Scornik JC, Wang CY, She JX. Poststreptococcal reactive arthritis: clinical characteristics and association with HLA-DR alleles. Arthritis Rheum. 1998;41:1096–102.

http://dx.doi.org/10.1016/j.rbr.2017.07.310 PO414 ARTROPATIA DE JACCOUD PÓS CIRURGIA BARIÁTRICA: UM RELATO DE CASO M.X. Guimarães, D.M. Horiy, B.P.S. Dultra, C.A. Oliveira, R.D.N. Giorgi, R.A. Pernambuco Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE), São Paulo, SP, Brasil Palavras-chave: Artropatia de Jaccoud; Cirurgia bariátrica; Autoimunidade Introduc¸ão: Um amplo espectro de complicac¸ões ocorrem pós cirurgia bariátrica. Dentre as mais comuns, existem aquelas que ocorrem precocemente, tais como tromboembolismo, hemorragia, peritonite e infecc¸ões e outras tardias como deficiências nutricionais, hérnias incisionais e obstruc¸ão intestinal. As manifestac¸ões reumáticas ocorrem em até 20% dos casos, dentre elas artrites erosivas e não erosivas, eritema nodoso, paniculites, vasculites, dentre outras. Descrevemos o caso de uma paciente com obesidade grau III submetida a cirurgia bariátrica tipo bypass em Y de Roux (Fobi-Capella) que evoluiu, após 6 meses, com artrite de 2 a IFP esquerda e de 2 a e 3 a IFP direita e subsequente deformidade característica de artropatia de Jaccoud. Descric¸ão do caso: Paciente do sexo feminino, hipertensa, obesa e com osteoartrite de joelhos foi submetida em julho de 2015 à cirurgia bariátrica de predomínio restritivo em Y de Roux (Fobi –Capella). Evoluiu,6 meses após, com deficiências nutricionais:anemia ferropriva, hipoalbuminemia, hipocalcemia, deficiência de vitamina D e B1, além de artrite de 2 a IFP esquerda e 2 a e 3 a IFP direita. Radiografias de mãos e punhos sem alterac¸ões; Ultrassonografia de punho esquerdo com tenossinovite do III compartimento extensor.