AVALIAÇÃO DE TUBERCULOSE LATENTE EM PORTADORES DE ARTRITE REUMATOIDE

AVALIAÇÃO DE TUBERCULOSE LATENTE EM PORTADORES DE ARTRITE REUMATOIDE

S12 r e v b r a s r e u m a t o l . 2 0 1 7;5 7(S 1):S1–S44 apendicular após correc¸ão para o conteúdo de gordura corporal e idade. Métodos: Estudo ...

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r e v b r a s r e u m a t o l . 2 0 1 7;5 7(S 1):S1–S44

apendicular após correc¸ão para o conteúdo de gordura corporal e idade. Métodos: Estudo transversal com pacientes com AR em seguimento em dois centros universitários do Brasil. Coletados dados clínicos e composic¸ão corporal por DXA (Hologic e Lunar). O índice de massa magra apendicular (IMMA), definido como massa magra apendicular dividido pelo quadrado da altura foi ajustado para a idade e gordura corporal (adjZ-score) usando o software desenvolvido na University of Pennsylvania (USA). O programa utiliza o banco populacional NHANES como comparador e permite a análise dos dados provenientes dos aparelhos Lunar e Hologic. Baixa massa magra foi definida como adjZ-score do IMMA < -1,0. Resultados: Foram avaliados 194 pacientes (181 mulheres), média de idade 56,4 anos (± 9,0) e DAS28 médio de 3,78 (± 1,34). O percentual médio de gordura corporal foi 40,96 (± 8,30) e 52 (26,8%) pacientes eram obesos (IMC > 30). Cinquenta e três (27,3%) pacientes tinham adjZ-score do IMMA < -1,0 antes do ajuste e, com o ajuste, 45 (23,2%) dos pacientes permaneceram classificados como baixa massa magra. Após o ajuste houve aumento de nove (4,6%) pacientes com adjZ-score < -2,0, ou seja, muito baixa massa muscular apendicular. Conclusão: Os resultados sugerem efeito negativo quantitativo do tecido adiposo sobre a massa muscular apendicular em pacientes com AR, principalmente naqueles com deficit mais acentuado da massa magra.

refer ê ncias

1. Janssen I, Heymsfield SB, Ross R. Low relative skeletal muscle mass (sarcopenia) in older persons is associated with functional impairment and physical disability. J Am Geriatr Soc. 2002;50:889–96. 2. Baker JF, Von Feldt J, Mostoufi-Moab S, Noaiseh G, Taratuta E, Kim W, et al. Deficits in muscle mass, muscle density, and modified associations with fat in rheumatoid arthritis. Arthritis Care Res (Hoboken). 2014;66:1612–8. 3. Weber D, Long J, Leonard MB, Zemel B, Baker JF. Development of Novel Methods to Define Deficits in Appendicular Lean Mass Relative to Fat Mass. PLoS ONE. 2016;11:e0164385.

http://dx.doi.org/10.1016/j.rbr.2017.06.022 PO20 AVALIAC¸ÃO DA QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES COM ARTRITE REUMATOIDE, QUE FAZEM USO DE AGENTES BIOLÓGICOS: ABATACEPTE OU INFLIXIMABE M.L.A.A. Bahr a , P.R. Santos b , M.H.M. Cardoso b , E.B. Ferreira b a

Centro Médico de Varginha (CEMEV), Varginha, MG, Brasil b Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL), Alfenas, MG, Brasil Palavras-chave: Artrite reumatoide; Agentes biológicos; Qualidade de vida Artrite Reumatoide é uma doenc¸a crônica, inflamatória e autoimune.1 O estudo tem como objetivo avaliar a qualidade

de vida de pacientes com artrite reumatoide em tratamento com terapia biológica. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da Unifal-MG (No. 1.818.024). Trata-se de um estudo observacional, descritivo, com 99 pacientes em terapia com agentes biológicos, infliximab e abatacept, realizados na Unidade de pulsoterapia, no município de Minas Gerais. Foi utilizado um questionário de qualidade de vida para a artrite reumatoide HAQ (Health Assessment Questionnaire),2 que analisou o estado funcional dos doentes com AR avaliando o seu impacto na sua vida diária e Escala Analógica Visual (EVA-D)3 que avaliou a intensidade da dor dos pacientes. Para análise estatística foi utilizado o teste exato de Fisher.4 Quanto às características socioeconômicas, verificou-se prevalência de casados (68,6%), mulheres (81,8%), brancos (73,7%), adultos (50%) e empregados (30,3%). Quanto às variáveis clínicas, a maioria dos pacientes apresentou a doenc¸a há mais de 3 anos (68%) e utiliza metotrexato associado aos biológicos (46,4%). A maioria apresentou histórico familiar (65%), depressão (79%), não praticava exercício físico (75%) e utilizava os biológicos pela primeira vez (60%). Quanto a qualidade de vida (HAQ: 1,17 ± 0,73) e intensidade da dor (EVA: 5,75 ± 3,49), as médias foram compatíveis com moderada. Comparando as variáveis demográficas e clínicas, verificou - se que não houve diferenc¸a estatisticamente significativa entre sexo, idade, tempo de doenc¸a, tipo de biológico utilizado e presenc¸a de metotrexato. Foi detectada associac¸ão entre HAQ e Estados de ânimo. Pacientes com deficiência moderada apresentam-se mais frequentemente com depressão do que pacientes com deficiência leve. Conclui-se que os pacientes tratados com terapia biológica tiveram uma qualidade de vida considerada moderada. Sintomas depressivos comprometem a qualidade de vida.1

refer ê ncias

1. Mariano RN. Cartilha para pacientes. Comissão de Artrite Reumatoide da Sociedade Brasileira de Reumatologia; 2011. 2. Fries JF, Spitz P, Kraines G, Holman H. Measurement of Patient Outcome in Arthritis. Arthritis Rheum. 1980;23:137–45. 3. Corbacho MI, Dapueto JJ. Avaliac¸ão da capacidade funcional e da qualidade de vida de pacientes com artrite reumatoide. Rev Bras Reumatol. 2010;50:31–43. 4. Prevoo ML, Hof MA, Kuper HH, Leeuwen MA, Putte LB, Riel PL. Modified disease activity scores that include twenty-eight-joint counts. Development and validation in a prospective longitudinal study of patients with rheumatoid arthritis. Arthritis Rheum. 1995;38:44–8.

http://dx.doi.org/10.1016/j.rbr.2017.06.023 PO21 AVALIAC¸ÃO DE TUBERCULOSE LATENTE EM PORTADORES DE ARTRITE REUMATOIDE E.A.C. Silva, L.A.S. Teixeira, M.V. Silva, M. Freire, P.L. Silva, V.R. Junior Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), Uberaba, MG, Brasil Palavras-chave: Artrite reumatoide; Tuberculose; Diagnóstico

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Introduc¸ão: A artrite reumatoide é uma doenc¸a inflamatória sistêmica, auto-imune, que compromete principalmente as articulac¸ões. Nas últimas décadas houve grande avanc¸o no conhecimento de seus mecanismos fisiopatológicos e desenvolvimento de novas terapêuticas. Dentre as medicac¸ões utilizadas estão drogas imunossupressoras e os medicamentos imunobiológicos, que revolucionaram o tratamento da doenc¸a. Porém, a sua utilizac¸ão está associada ao maior risco de desenvolvimento de infecc¸ões, dentre elas a tuberculose. Estima-se que um terc¸o da populac¸ão mundial esteja infectada pelo Mycobacterium tuberculosis, sendo que o Brasil é um dos 22 países com maior número de casos. Objetivos: Diante do risco de reativac¸ão da tuberculose latente nos pacientes com imunossupressão, dentre eles os usuários de imunobiológicos, é necessário o rastreamento da tuberculose latente. O presente estudo teve por objetivo comparar o desempenho do teste tuberculínico com o Quantiferon® , além de tentar padronizar um ensaio de liberac¸ão de interferon pelo método PBMC, comparando esse teste ao Quantiferon® . Métodos: Foram avaliados pacientes portadores de artrite reumatoide em uso de imunobiológicos (n: 27) e sem uso destas medicac¸ões (n:15), além de controles PPD positivos (n:12) e negativos (n:11) como grupos de comparac¸ão. Foram realizados os testes tuberculínico, Quantiferon e PBMC nos pacientes dos grupos de estudo e comparados os resultados. Resultados: O Quantiferon® foi positivo em um total de 18 pacientes, sendo 16 portadores de artrite reumatoide e 02 em controles PPD positivos. O ensaio utilizando o PBMC após estabelecimento de um ponto de corte, foi positivo em 06 pacientes, 02 em uso de imunobiológicos e 04 em portadores de AR. Conclusão: Os resultados obtidos mostraram que não houve concordância entre os métodos Quantiferon® e o ensaio de liberac¸ão de interferon utilizando PBMC. Por conseguinte, não foi possível a obtenc¸ão de um ensaio de liberac¸ão de interferon com menor custo que pudesse ser útil para avaliac¸ão de tuberculose latente.

refer ê ncias

1. Arkema EV, Jonsson J, Baecklund E, Bruchfeld J, Feltelius N, Askling J, ARTIS Study Group. Are patients with rheumatoid arthritis stillat an increased risk of tuberculosis and what is therole of biological treatments? Ann Rheum Dis. 2015;74:1212–7. 2. Callado MR, Lima JR, Nobre CA, Vieira WP. Low prevalence of reactive PPD prior to infliximab use: comparative study on a population sample of Hospital Geral de Fortaleza. Rev Bras Reumatol. 2011;51:40–52. 3. Cush JJ, Matteson EL. Hotline 2001 FDA Advisory Committee Reviews Safety of TNF Inhibitors. Available at: http://www.rheumatology.org/Publications/hotline/0901tnf.asp. 4. Dinnes J, Deeks J, Kunst H, Gibson A, Cummins E, Waugh N, et al. A systematic review of rapid diagnostic tests for the detection of tuberculosis infection. Health Technol Assess. 2007;11:1–196. 5. Mangini C, Melo FAF. Artrite reumatoide, terapia imunossupressora e tuberculose. Rev Bras Reumatol. 2003;43:XI–V.

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http://dx.doi.org/10.1016/j.rbr.2017.06.024 PO22 AVALIAC¸ÃO DO PERFIL DOS PACIENTES COM ARTRITE REUMATOIDE DO IDOSO EM USO DE BIOLÓGICO P.G.O. Barbalho Junior, G.L.M. Quintão, A.T. Barbosa, R.B. Souza, F. Seragioli, N.C. Sacilotto, R.D.N. Giorgi Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE), São Paulo, SP, Brasil Palavras-chave: Artrite Reumatoide; Idoso; Biológico Introduc¸ão: Artrite reumatoide (AR) é uma doenc¸a inflamatória crônica sistêmica, de etiologia desconhecida, caracterizada pelo acometimento simétrico de pequenas e grandes articulac¸ões e que evolui com frequência para deformidades e incapacidade funcional. Cerca de um terc¸o dos pacientes desenvolve a AR após os 60 anos de idade, condic¸ão essa denominada “artrite reumatoide do idoso”(ARI). Atualmente postula-se que esta seja uma condic¸ão com características clínicas diferentes da forma clássica, com resposta eficaz e segura às drogas modificadoras do curso da doenc¸a (DMCD), inclusive biológicos, no entanto comumente subtratada devido preocupac¸ão com efeitos adversos e interac¸ão droga versus comorbidades. Objetivo: Avaliar o perfil dos pacientes com ARI em uso de biológico, acompanhados num hospital terciário de SP. Método: Estudo transversal, observacional, descritivo, de caráter epidemiológico, realizado através da revisão de prontuário dos pacientes com AR, em acompanhamento ambulatorial, no período de dezembro de 2016 a maio de 2017. Resultados: Num universo de 200 pacientes, 29,5% eram maiores de 65 anos, a maioria mulheres (91,53%), com idade média de 70 anos, fator reumatoide positivo em 83,05%; maioria não tabagista (91,53%);22,04% apresentaram alguma forma de manifestac¸ão extra-articular, em especial pulmonares (38,47%);Hipertensão arterial e osteoporose foram as comorbidades mais prevalentes, com 62,71% e 52,54% respectivamente; 62,71% em uso de terapia combinada de DMCD biológico e convencional; remissão ou baixa atividade de doenc¸a foi atingida em 45,76% e 20,33% dos casos, respectivamente; quanto às causas de troca de biológico, as reac¸ões cutâneas no local de aplicac¸ão foram as mais prevalentes, seguida de efeitos adversos à droga e infecc¸ões, causando infecc¸ões graves em 11,86%; 4 (6,77%) pacientes evoluiram com neoplasia e 3 (5,08%) apresentaram eventos cardiovasculares graves. Conclusão: A ARI é frequente, possui características clínicas que se destacam em relac¸ão a forma dos adultos jovens, com necessidade de maior atenc¸ão às comorbidades coexistentes, e assim garantir um melhor desfecho clínico.

refer ê ncias

1. Villa-Blanco JI, Calvo-Alén J. Eldery Onset Rheumatoid Arthritis - Differencial Diagnosis and Choice of First-Line and Subsequent Therapy. Drugs Aging. 2009;26:739–50.