DOENÇA DE CASTLEMAN: RELATO DE CASO

DOENÇA DE CASTLEMAN: RELATO DE CASO

S260 r e v b r a s r e u m a t o l . 2 0 1 7;5 7(S 1):S243–S304 5. Santiago MB. Jaccoud’s arthropathy: proper classification criteria and treatment a...

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S260

r e v b r a s r e u m a t o l . 2 0 1 7;5 7(S 1):S243–S304

5. Santiago MB. Jaccoud’s arthropathy: proper classification criteria and treatment are still needed. Rheumatol Int. 2013;33:2953.

http://dx.doi.org/10.1016/j.rbr.2017.07.327 PO431 DOENC¸A DE CASTLEMAN: RELATO DE CASO A.S. Lima, B. Longo, M.P.M. Cathcart, J.F.S.C. Stédile, A.F. Tonial, T.L. Skare Hospital Universitário Evangélico de Curitiba, Curitiba, PR, Brasil Palavras-chave: Poliartrite; Paraneoplasia; Doenc¸a de Castleman Introduc¸ão: A Doenc¸a de Castleman (DC), descrita pela primeira vez em 1956 por CASTLEMAN et al., como uma hiperplasia linfonodal mediastinal localizada, constitui uma desordem linfoproliferativa benigna rara, de etiologia desconhecida que parece estar relacionada a múltiplas causas, incluindo o Herpes Vírus Humano–8 (HHV-8) e o pênfigo paraneoplásico. Essa doenc¸a pode se apresentar associada a entidades reumáticas ou com manifestac¸ões que as simulem. Relato de caso: RS, feminina, 49 anos, com linfonodomegalia axilar direita. Encaminhada ao servic¸o de reumatologia devido quadro crônico de poliartralgia e edema em mãos, cotovelos, joelhos e tornozelos, rigidez matinal maior que 2 horas, fadiga e fenômeno de Raynaud. Histórico de anemia crônica com necessidade de hemotransfusões prévias, perda ponderal de 10 kg em 1 ano e diarreia crônica. Exames: VG: 39,4%; VHS: 21 mm/h; PCR: 6,8 mg/L; FAN: negativo, FR: negativo, beta-2-microglobulina: 3283 mg/dL; anti-HCV: negativo; HBsAg: negativo, sorologia para HIV: negativa, radiografia de mãos e pés- normais. Devido a suspeita de paraneoplasia solicitou-se tomografia de tórax que evidenciou linfonodos axilares à direita, opacidade nodular em segmento superior do lobo direito, lesões osteoblásticas em T8 e T4. Biópsia de linfonodo axilar direito mostrou proliferac¸ão linfoide de padrão folicular associado a proliferac¸ão vascular com espessamento endotelial central aos centros germin ativos, o que sugere doenc¸a de Castleman tipo hialino vascular. Paciente foi, então, encaminhada para o servic¸o de oncologia e hematologia. Discussão: Descreve-se que a doenc¸a de Castleman pode se apresentar ao reumatologista simulando doenc¸a de Still, como oligoartrite e até como poliartrite destrutiva. No caso descrito, a historia de emagrecimento serviu como alerta para procura de uma de uma neoplasia mas a ausência de sintomas gerais e a evoluc¸ão lenta pode dificultar o seu diagnóstico.

refer ê ncias

1. Bianchi MM, Narváez J, Santo P, Ríos-Rodriguez V, de la Fuente D, Roig-Vilaseca D, et al. Multicentric Castleman’s disease mimicking adult-onset Still’s disease. Joint Bone Spine. 2009;76:304–7. 2. Simiele Navarte A, Gómez Rodríguez N, Novoa Sanjurjo FJ, Carrillo Sande JA, Ferreiro Seoane JL, de la Fuente B. A

Asymmetric oligoarthritis in Castleman’s disease. An Med Interna. 1998;15:259–61. 3. Carpentier-Planchon V, Bouillanne O, Cabane J, Droulers A, Bodak A. A unique case of destructive polyarthritis associated with multicentric Castleman’s disease. Ann Med Interne (Paris). 2001;152:139–44. 4. Beck JT, Hsu SM, Wijdenes J, Bataille R, Klein B, Vesole D, et al. Brief report: alleviation of systemic manifestations of Castleman’s disease by monoclonal anti-Interleukin-6-antibody. N Engl J Med. 1994;330:602–5. 5. Bjarnason I, Cotes PM, Knowles S, Reid C, Wilkins R, Peters TJ. Mesentery. Observations on the Associated Anemia. Gastroenterol. 1984;87:216–23.

http://dx.doi.org/10.1016/j.rbr.2017.07.328 PO432 DOENC¸A DE DUPUYTREN EM PACIENTE COM MÚLTIPLOS FATORES DE RISCO: DIABETES DESCOMPENSADA, USO DE ANTICONVULSIVANTE E TRABALHO OCUPACIONAL M.D.A. Teixeira a , J.B.M. Arce Filho a , D.P. Dal Bosco b , A.S. Silva b , B. Meireles b , S.L.E. Ribeiro c a

Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Manaus, AM, Brasil b Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV), Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Manaus, AM, Brasil c Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV), Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Manaus, AM, Brasil Palavras-chave: Dupuytren; Diabetes; Artrite Introduc¸ão: A doenc¸a de Dupuytren (DD) é uma patologia fibroproliferativa e progressiva, de etiologia desconhecida, caracterizada pelo espessamento fibrótico das fáscias palmar e digital. É predominante em adultos do sexo masculino após a 5 a década de vida. Indivíduos diabéticos, em uso de anticonvulsivantes, dislipidêmicos, fumantes, alcoólatras e trabalhadores manuais apresentam maior probabilidade de desenvolverem a doenc¸a. Descric¸ão do caso: Paciente masculino, 53 anos, garc¸om, relata que há 8 meses iniciou dor em mãos com dificuldade de fechar e segurar objetos, impedindo-o de exercer sua profissão, acompanhada de edema difuso principalmente à D, com progressiva contrac¸ão em flexão da mão, surgimento de nódulos em regiões palmares, diminuic¸ão da forc¸a e sensibilidade em MMSS, seguida de dor em ombro D. Diabético há 8 anos, e epiléptico, há 20 anos. Faz uso de glibenclamida 10 mg/dia, metforminaxr 500 mg/dia e fenobarbital 150 mg/dia. Apresenta história familiar de DM2 e osteoartrose. Ao exame: edema e dor em mãos e punhos, apresentando nodulac¸ões que formavam cordões palpáveis em região palmar bilateral. Forc¸a grau III MSD, grau IV em MSE. Ombro D com dor e limitac¸ão à rotac¸ão interna e externa, abduc¸ão de 30o e elevac¸ão de 60o. Apresenta atrofia de bíceps ipsilateral e região peitoral. USG ombro D: tendinopatia do subescapular e supraespinhoso, bursite subacromial e subdeltoidea,