PERFIL LIPÍDICO DE PACIENTES PORTADORES DE ARTRITE REUMATOIDE EM TRATAMENTO COM MEDICAÇÃO ANTI‐FATOR DE NECROSE TUMORAL A

PERFIL LIPÍDICO DE PACIENTES PORTADORES DE ARTRITE REUMATOIDE EM TRATAMENTO COM MEDICAÇÃO ANTI‐FATOR DE NECROSE TUMORAL A

r e v b r a s r e u m a t o l . 2 0 1 7;5 7(S 1):S1–S44 2. Aletaha D, Neogi T, Silman AJ, Funovits J, Felson DT, Bingham CO, et al. 2010 Rheumatoid a...

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r e v b r a s r e u m a t o l . 2 0 1 7;5 7(S 1):S1–S44

2. Aletaha D, Neogi T, Silman AJ, Funovits J, Felson DT, Bingham CO, et al. 2010 Rheumatoid arthritis classification criteria: an American College of Rheumatology/European League Against Rheumatism collaborative initiative. Ann Rheum Dis. 2010;69:1580–8.

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impacto clínico desse padrão de alterac¸ões. Portanto, novos estudos são necessários para elucidar melhor essa relac¸ão.

refer ê ncias

http://dx.doi.org/10.1016/j.rbr.2017.06.054 PO52 PERFIL LIPIDICO DE PACIENTES COM ARTRITE REUMATOIDE EM USO ANTI TNF ALFA L.R. Martins a , Y.F.B. Chagas b , C.M.M. Veiga b , A.V.O. Silva b , V.G. Vigneron b , W.J. Padilla b , F.C. Freire b , J.L.P. Vaz b , M.C.F. Salgado b a

Hospital Universitário Gaffrée e Guinle (HUGG), Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), Rio de Janeiro, RJ, Brasil b Servic¸o de Reumatologia, Hospital Universitário Gaffrée e Guinle (HUGG), Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), Rio de Janeiro, RJ, Brasil Palavras-chave: Artrite Reumatoide; Dislipidemia; Anti TNF alfa Introduc¸ão: As comorbidades nos pacientes com artrite reumatoide (AR) são comuns e têm impacto importante na morbidade e mortalidade dos mesmos. Dentre elas, a dislipidemia, caracterizada nesses pacientes pelo aumento do colesterol total e reduc¸ão da lipoproteína de alta densidade – HDL, é resultado tanto do contexto inflamatório sistêmico da AR, quanto do uso de algumas medicac¸ões, como os corticoides. Objetivo: Avaliar o perfil lipídico de pacientes com AR antes e após a introduc¸ão da terapia com agentes biológicos anti-fator de necrose tumoral alfa (Anti-TNF alfa). Método: Trata-se de uma série de casos, baseados na revisão de prontuários, de uma amostra de 41 pacientes. Os dados do perfil lipídico (Colesterol Total - CT, Lipoproteína de Baixa Densidade - LDL, HDL e Triglicérides) foram coletados no intervalo de dois anos antes e dois após a introduc¸ão da terapia com Anti-TNF alfa. Os valores quantitativos foram demonstrados como média e desvio-padrão, sendo comparados posteriormente por meio do teste t de Student. Considerou-se como estatisticamente significativo o valor de p < 0,05. Resultados: Os valores de CT (aumento na média de 181,89 mg/dL para 192,07 mg/dL, p = 0,046) e triglicerídeos (aumento na média de 114,04 mg/dL para 126,78 mg/dL, p = 0,047) apresentaram alterac¸ões significantes. Quanto as demais variáveis, houve um aumento do HDL (52,82 mg/dL para 53,43 mg/dL) e uma diminuic¸ão do LDL (116,44 mg/dL para 115,10 mg/dL), entretanto, os mesmos não tiveram relevância estatística. Conclusão: Em relac¸ão a terapêutica com Anti-TNF alfa, observou-se que o perfil lipídico desses pacientes se manteve ruim. Logo, fica claro a importância dos tratamentos específicos, como o uso de estatinas para a dislipidemia, quando necessário. Apesar dos resultados encontrados serem compatíveis com os da literatura médica, ainda não está claro o

1. Avelar AB, Melo AKG, Souza BDB. Avaliac¸ão prospectiva do perfil lipídico na artrite reumatoide. Rev Bras Reumatol. 2008;48:213–7. 2. Pereira IA, Mota LMH, Cruz BA, Brenol CV, Fronza LSR, Bertolo M, Barros, et al. Consenso 2012 da Sociedade Brasileira de Reumatologia sobre o manejo de comorbidades em pacientes com artrite reumatoide. Rev Bras Reumatol. 2012;52:483–95. 3. Daïen CI, Duny Y, Barnetche T, Daurès JP, Combe B, Morel J. Effect of TNF inhibitors on lipid profile in rheumatoid arthritis: a systematic review with meta-analysis. Ann Rheum Dis. 2012;71:862–8.

http://dx.doi.org/10.1016/j.rbr.2017.06.055 PO53 PERFIL LIPÍDICO DE PACIENTES PORTADORES DE ARTRITE REUMATOIDE EM TRATAMENTO COM MEDICAC¸ÃO ANTI-FATOR DE NECROSE TUMORAL A A.J.P. Luz, R.P.O.M. Andrade, W.P. Vieira, S.A.S. Studart, R.M.R.A. Vieira Hospital Geral da Fortaleza (HGF), Fortaleza, CE, Brasil Palavras-chave: Artrite reumatoide; Terapia imunobiologica; Risco cardiovascular Objetivos: Determinar o perfil lipídico dos pacientes com artrite reumatoide (AR) seguidos no Hospital Geral de Fortaleza (HGF) e avaliar o efeito da terapia biológica utilizada no risco cardiovascular desses pacientes. Métodos: No total, 338 pacientes com AR foram avaliados. Comparac¸ão entre pacientes com AR tratados com drogas modificadoras do controle da doenc¸a (DMCDs) com medicac¸ão biológica, principalmente anti-TNF␣, foi realizada. A análise estatística foi feita utilizando o programa SPSS versão 22.0 O nível de significância do estudo foi 5%. Resultados: A média de idade foi de 53,5 + 12 anos, a maioria era do sexo feminino (90,8%), com média de durac¸ão de doenc¸a de 12,2 + 8,7 anos. Usavam medicac¸ão biológica 54,7% dos pacientes e 36,7% usavam anti-TNF␣. Encontramos níveis mais elevados de colesterol total (203,7 ± 46,0 mg/dL vs. 188,8 ± 39,2 mg/dL, p = 0,001), HDL (51,9 ± 13,3 mg/dL vs. 48,5 ± 13,5 mg/dL, p = 0.009) e LDL (124,5 ± 37,8 mg/dL vs. 113,0 ± 32,2 mg/dL, p = 0,015) no grupo tratado com essas medicac¸ões em comparac¸ão ao grupo em uso apenas de DMCDs. Pacientes tratados com anti-TNF␣ tinham HDL (52,1 ± 14 mg/dL vs. 48,5 ± 13,5 mg/dL; p = 0,029) mais elevado e PCR (2,9, 0,1-124 mg/L vs. 6, 0,2-134 mg/L; p = 0,026) mais baixo que o grupo em uso de DMCDs tradicionais. Conclusão: Observamos alta atividade de doenc¸a nos pacientes com AR e os níveis de HDL e de inflamac¸ão foram mais baixos nos pacientes que faziam uso de terapia anti-TNF,

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sugerindo que essa terapia pode reduzir o risco cardiovascular nesse subgrupo de pacientes.

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http://dx.doi.org/10.1016/j.rbr.2017.06.056 PO54 PERFIL TERAPÊUTICO DE PACIENTES COM ARTRITE REUMATOIDE NO BRASIL. ESTUDO DE VIDA REAL A.P.M. Gomides a , L.M.H. Mota a , G.R. Castelar b , C.P. Albuquerque a , A.B. Vargas-Santos b , M. Bertolo c , P.L. Filho d , M.F.L.C. Sauma e , C. Brenol f , I.A. Pereira g , S. Radominski h , M.R.C. Pinto i , K. Bonfiglioli d , R. Giorgi j a Hospital Universitário de Brasília (HUB), Universidade de Brasília (UnB), Brasília, DF, Brasil b Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil c Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Campinas, SP, Brasil d Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP, Brasil e Universidade Federal do Pará (UFPA), Belém, Pará, Brasil f Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, RS, Brasil g Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Florianópolis, SC, Brasil h Universidade Federal do Paraná (UFPR), Curitiba, PR, Brasil i Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte, MG, Brasil j Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE), São Paulo, SP, Brasil Palavras-chave: Artrite reumatoide; Perfil terapeutico; Brasil

Introduc¸ão: A artrite reumatoide (AR) é caracterizada pelo acometimento inflamatório das articulac¸ões sinoviais

periféricas. Estudos comprovaram que o diagnóstico e tratamento precoces melhoram a resposta e prognóstico. O conceito do “treat to target” está bem estabelecido na comunidade reumatológica. Entretanto, aspectos relacionados com a “vida real”, dificultam a sua implementac¸ão. Diante dos custos, escassez de recursos e limitados dados epidemiológicos, faz-se necessário um levantamento do perfil terapêutico no Brasil. Objetivo: Descrever os padrões de tratamento de pacientes brasileiros com artrite reumatoide. Método: Estudo transversal multicêntrico em 11 centros de referência no tratamento de AR, pela rede pública, em 9 estados brasileiros. Os pacientes foram submetidos a avaliac¸ão clínica e complementar em formulário padronizado. Resultados: Foram incluídos 1125 pacientes. 529 (47,2%) estavam em uso de corticoesteroides e 101 (8.98%) em uso de AINES. 1022 (90,84%) usavam MMCD sintético e 406 (36.09%) biológicos. A frequência de MMCD sintéticos foi: a) MTX - 748 (66.49%), b) leflunomida - 381 (33.87%), c) hidroxicloroquina 120 (10.67%), d) sulfassalazina - 55 (4.89%). A frequência de uso dos MMCD biológicos foi: abatacepte (73 pacientes/6.49%), etanercepte (66/ 5.87%), tocilizumabe (60 /5.33%), adalimumabe (54 / 4.8%), infliximabe (50/ 4.44%), rituximabe (49/ 4.36%), golimumabe (37/ 3.29%), certolizumabe (17, 1.51%). Os tratamentos mais utilizados foram: MTX em monoterapia (149/13.24%); MTX + corticoesteroides (121 pacientes/10.76%); MTX+ leflunomida (93/ 8.3%; MTX + leflunomida + corticoesteroides (49/ 4.36%); O uso de MTX + hidroxicloroquina ocorreu em 25 (2.2%) e MTX + hidroxicloroquina + sulfassalazina em 5 (0.44%) pacientes. Conclusão: O estudo desta populac¸ão mostra uso elevado de corticoesteroides, uso significativo da associac¸ão MTX + leflunomida e baixa frequência do tratamento com terapia tríplice. Estas e outras informac¸ões obtidas deste estudo de “vida real” podem ser importantes para melhor compreensão sobre o padrão de acompanhamento desses indivíduos no Brasil.

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