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r e v b r a s r e u m a t o l . 2 0 1 7;5 7(S 1):S385–S387
Disciplina de Reumatologia, Escola Paulista de Medicina (EPM), Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP, Brasil Palavras-chave: Tornozelo; Fratura; Osteoporose
2005-2006: a population-based study. Scand J Surg. 2014;103:215–21.
http://dx.doi.org/10.1016/j.rbr.2017.07.544 TL10
Introduc¸ão: A prevalência osteoporose na populac¸ão brasileira varia de 15.4% a 43.4%. Estudos conduzidos no Brasil sobre a prevalência de fraturas globais por osteoporose encontraram de 11.5% a 28.3%. A incidência de fraturas de tornozelo no mundo varia de 5.3 a 33.3 fraturas por 100.000 pessoas susceptíveis ao ano, conforme a populac¸ão estudada e metodologia aplicada. Não existem estudos para incidência de fraturas de tornozelo no Brasil, sendo que dados não publicados do estudo BRAZOS apontam prevalência de 12.5%, enquanto o estudo SAPOS encontrou prevalência de 11.1%. Objetivos: Analisar a incidência de fraturas de tornozelo em pacientes maiores que 50 anos, relacionadas a traumas de baixo impacto, segundo sexo e faixa etária, nas cinco regiões brasileiras, nos anos de 2004/2005 e 2011/2012. Métodos: Estudo de coorte retrospectivo de pacientes que necessitaram de internac¸ão hospitalar, nos anos de 2004 a 2012, usando dados do Sistema Único de Saúde. Obtidos registros de internac¸ão através do diagnóstico pelo CID (Código Internacional de Doenc¸as) utilizado para preenchimento da Autorizac¸ão de Internac¸ão Hospitalar. Foram incluídos os CID primário de fratura de tornozelo, com posterior filtragem para CID secundários de traumas de baixo impacto. Resultados: Avaliadas 22.690 fraturas de tornozelo por traumas de baixo impacto em maiores de 50 anos, no período de 2004/2005 e 2011/2012, sendo a prevalência maior em mulheres (59.1%) e Região Sudeste (58.1%). A taxa média de incidência anual foi de, respectivamente, 16.12 e 17.02 fraturas por 100.000 habitantes ao ano, demonstrando diferenc¸a estatística entre os períodos avaliados. Observado reduc¸ão significativa na incidência de fraturas nas faixas etárias mais avanc¸adas, além de reduc¸ão na incidência na Região Norte e aumento nas Regiões Nordeste e Sul. Conclusão: Os resultados podem apontar para a importância da fratura de tornozelo dentro do contexto de fragilidade óssea, levantando a possibilidade de serem consideradas fraturas por fragilidade.
refer ê ncias
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FATORES DE RISCO PARA BAIXA MASSA MUSCULAR EM IDOSAS DA COMUNIDADE: COORTE PROSPECTIVA DE BASE POPULACIONAL NO BRASIL. SÃO PAULO AGEING & HEALTH STUDY (SPAH) K.L.L.L. Machado a , D.S. Domiciano b , L.G. Machado b , J.B. Lopes a , C.P. Figueiredo b , V.F. Caparão b , L. Takayama b , P.R. Menezes c , R.M.R. Pereira b a
Laboratório de Metabolismo Ósseo, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo (FMUSP), São Paulo, SP, Brasil b Laboratório de Metabolismo Ósseo, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo (FMUSP), São Paulo, SP, Brasil c Departamento de Medicina Preventiva, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo (FMUSP), São Paulo, SP, Brasil Palavras-chave: Baixa Massa muscular; Tecido adiposo visceral; Idosos Introduc¸ão: Sarcopenia é caracterizada por perda progressiva da massa muscular esquelética e func¸ão muscular, levando à incapacidade funcional e óbitos. Poucos estudos avaliaram de forma prospectiva dados clínicos, laboratoriais, densidade mineral óssea (DMO) e composic¸ão corporal para determinar a contribuic¸ão dessas variáveis ao risco de baixa massa muscular (BMM) em idosos. Objetivo: Identificar fatores de risco (clínicos, metabolismo ósseo, DMO, composic¸ão corporal incluindo gordura visceral) para baixa massa muscular, em uma coorte prospectiva de idosas brasileiras da comunidade. Métodos: Foram incluídas 408 mulheres com ≥65 anos da coorte São Paulo Ageing & Health Study (SPAH) e avaliados dados clínicos, laboratoriais, DMO e composic¸ão corporal por DMO presentes no início do estudo (2005-2007). Após seguimento de 4,3 ± 0,8 anos, as idosas foram classificadas de acordo com a massa muscular por DMO. BMM foi definida quando massa magra apendicular dividida pelo índice de massa corporal era inferior a 0,512 em mulheres (critério da Fundac¸ão do Instituto Nacional de Saúde (FNIH). Resultados: 116 mulheres (28,4%; IC95%:24,0-32,7) apresentaram baixa massa muscular ao final do seguimento. As médias de idade foram 73,3 ± 4,9 anos no grupo de BMM e 72,5 ± 4,5 anos no grupo de massa normal (p = 0,11). O IMC médio foi 30,6 ± 5,2 kg/m2 no grupo de BMM e 28,1 ± 4,7 kg/m2 no grupo normal (p < 0,001). Na análise multivariada, os preditores de BMM foram: número de quedas (OR = 1,14, IC 95%: 1,02-1,27, p = 0,016), níveis de TSH (OR = 1,08, IC95%: 1,01-1,15, p = 0,018, para aumento de 1 UI/L), creatinina sérica (OR = 11,11, IC95%: 2,78-33,33, p < 0,001, para reduc¸ão
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de 1 mg/dL) e tecido adiposo visceral (VATmassa) (OR = 1,17, IC95%: 1,07-1,27, p < 0,001, para cada aumento de 100 g). Conclusão: Quedas, TSH mais alto, creatinina mais baixa e maior VAT foram fatores de risco para baixa massa muscular em idosas. O potencial efeito da gordura visceral sobre o consumo de massa muscular em idosos reforc¸am a necessidade de novos estudos. Deve ser dado mais atenc¸ão a esses fatores, já que são potencialmente reversíveis com intervenc¸ão terapêutica adequada.
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