S276
r e v b r a s r e u m a t o l . 2 0 1 7;5 7(S 1):S243–S304
limitac¸ão à flexão/extensão por dor, sem edema. Exames laboratoriais: fator reumatoide, fator antinuclear, cálcio, fósforo, fosfatase alcalina, paratormônio, 25-hidroxi-vitamina D, func¸ão tireoideana e VHS sem alterac¸ões; elevac¸ão da proteína C reativa (12 mg/dL, referência até 6 mg/dL). Radiografia dos joelhos evidenciou imagem típica de “cera derretida na margem de uma vela” no terc¸o distal do fêmur esquerdo. Radiografia de demais ossos longos sem alterac¸ões. Foi dado o diagnóstico de melorreostose e iniciado antiinflamatório não hormonal e hidroterapia, com boa evoluc¸ão clínica e funcional (escala visual analógica da dor após o tratamento igual a 1 e anterior igual a 7). Discussão: O diagnóstico de melorreostose com doenc¸a monomiélica (lesão que afeta um só membro) e monostótica (afeta apenas um osso) pode ser dado pela associac¸ão clínica e imagem radiográfica típica. Os autores chamam a atenc¸ão para a raridade do caso e boa evoluc¸ão após tratamento conservador dirigido.
refer ê ncias
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http://dx.doi.org/10.1016/j.rbr.2017.07.355 PO459 MICOBACTERIOSE ATÍPICA DURANTE TRATAMENTO COM ANTI-TNF
consulta de revisão com quadro de lesão ulcerada de pele junto ao tornozelo direito com início um mês antes. Ao exame, sem sinais de artrite. Próximo ao maléolo lateral do tornozelo direito apresentava nódulo ulcerado, mal delimitado, com necrose periférica e descamac¸ão de tecidos vizinhos. Apresentava, também, placa eritematosa de bordos irregulares e áreas de hiperceratose na face, em região perioral. Já havia recebido terapia antimicrobiana prescritos pela unidade básica de saúde. Pela hipótese de infecc¸ão atípica, foi suspenso adalimumabe e solicitada biópsia cutânea. O anatomopatológico da lesão junto ao tornozelo evidenciou úlcera com crosta fibrino leucocitária e denso infiltrado inflamatório linfoneutrocitário em derma e hipoderma, compatível com paniculite. Na lesão perioral: inflamac¸ão crônica, granulomas, células gigantes multinucleadas e ausência de necrose. Pesquisa de BAAR negativa e a cultura revelou crescimento de Mycobacterium chelonae (em ambos os locais). Passou a fazer uso de Azitromicina, com boa resposta. Foi optado por manutenc¸ão do tratamento da AR apenas com metotrexato 25 mg semanal por via subcutânea visto que, manteve remissão da doenc¸a. Comentários: O risco de infecc¸ão em pacientes com AR é quase duas vezes maior que na populac¸ão geral, sendo ainda maior nos usuários de imunobiológicos. Nestes, deve sempre ser mantida a vigilância e a atenc¸ão para a possibilidade de germes atípicos.
refer ê ncias
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http://dx.doi.org/10.1016/j.rbr.2017.07.356 PO460
E.S. Rosa, T. Willers, M.L.L. Lopes, T.F. Toruinho, M.O.E. Hilario, A. Ferrari, L.V. Cruz Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, Porto Alegre, RS, Brasil Palavras-chave: Micobacteriose; Anti-TNF Introduc¸ão: Infecc¸ões cutâneas por micobactérias frequentemente representam um desafio na prática clínica. O Mycobacterium tuberculosis é o principal, sendo o M. chelonae um importante agente em imunocomprometidos. Na Reumatologia, a preocupac¸ão com infecc¸ões é frequente, seja pelo perfil imunológico dos pacientes, seja pelas drogas imunossupressoras utilizadas. Descric¸ão do caso: Paciente feminina, 53 anos, em acompanhamento por Artrite Reumatoide (AR) e em uso de Metotrexato e Adalimumabe há dois anos. Antes do início Anti-TNF, realizou rastreamento para hepatites, HIV, PPD e Rx de tórax (tuberculose). Todos negativos. Compareceu em
MORBIDADE HOSPITALAR BRASILEIRA POR DEFORMIDADES ADQUIRIDAS DAS ARTICULAC¸ÕES EM ADULTOS NO PERÍODO 2012 - 2016 R.H.L. de Carvalho a , J.C. Geber Júnior a , L.P. Batista a , B.D.C. Borges a , R.F.A. Silva b , V.C.U. Peterle a a
Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS), Brasília, DF, Brasil b Centro Universitário de Brasília (UniCEUB), Brasília, DF, Brasil Palavras-chave: Morbidade hospitalar; Derformidade articular; Perfil epidemiológico Introduc¸ão: Doenc¸as reumáticas podem levar à deformidade e destruic¸ão das articulac¸ões por erosão do osso e cartilagem. Com a progressão da doenc¸a, os pacientes desenvolvem incapacidade para realizac¸ão de suas atividades de