AVALIAÇÃO DA DENSIDADE LINFÁTICA DAS MARGENS DO ADENOCARCINOMA DE CÓLON E RETO POR IMUNO‐HISTOQÚIMICA

AVALIAÇÃO DA DENSIDADE LINFÁTICA DAS MARGENS DO ADENOCARCINOMA DE CÓLON E RETO POR IMUNO‐HISTOQÚIMICA

76 j coloproctol (rio j). 2 0 1 7;3 7(S 1):73–176 Introduc¸ão: A expectativa de vida tem aumentado em todo o mundo. Com isso, é cada vez mais comum ...

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Introduc¸ão: A expectativa de vida tem aumentado em todo o mundo. Com isso, é cada vez mais comum nos depararmos com pacientes octagenários nos consultórios, muitos com bom status-performance. Nesse grupo de indivíduos o câncer colorretal é uma das malignidades mais comuns e é causa importante de morbidade e mortalidade. As colectomias laparoscópicas apresentaram grande avanc¸o nos tratamentos desses tumores, com seguranc¸a e inúmeros benefícios, como menor tempo de hospitalizac¸ão, menor dor pós-operatória, baixa morbidade e semelhante risco de fístulas em relac¸ão às cirurgias abertas. Sua indicac¸ão para pacientes acima dos 80 anos não está bem estabelecida. A idade, entretanto, isoladamente, não representa uma contraindicac¸ão para ressecc¸ão laparoscópica. Objetivos: Avaliar desfechos de pacientes acima de 80 anos submetidos a colectomias laparoscópicas eletivas. Métodos: Estudo retrospectivo observacional através da revisão de 40 prontuários de pacientes acima de 80 anos submetidos a ressecc¸ões colorretais devido a neoplasia colorretal de janeiro de 2011 a junho de 2017. Resultados: Foram incluídos 40 pacientes submetidos à cirurgia videolaparoscópica. A idade média foi de 85,3 anos. O tempo operatório médio foi de 195 minutos. O índice de fístula foi de 7% e as complicac¸ões pós-operatórias (inclusive respiratórias, infecciosas, sangramento, dentre outras) ocorreram em 25% dos pacientes. O tempo de internamento foi de 14 dias e 85% dos pacientes necessitaram de internamento em UTI, com média de permanência de nove dias. Houve 15% de mortalidade nessa série. Conclusões: A cirurgia laparoscópica é uma opc¸ão de tratamento para pacientes octagenários. A mortalidade e a morbidade desses pacientes são mais elevadas do que as da populac¸ão geral, provavelmente devido às comorbidades. A indicac¸ão da cirurgia laparoscópica nesse grupo deve ser precisa e levar em considerac¸ão comorbidades e status-performance do paciente. https://doi.org/10.1016/j.jcol.2017.09.008 P-008 TÉCNICA DE REPARO COM TELA EM HÉRNIA PERINEAL PÓS-AMPUTAC¸ÃO ABDOMINOPERINEAL DE RETO (MILES) Priscilla Martins, Dalton Muniz, Leolindo Tavares, Felipe Figueiredo, Bruno Duarte, Livia Pinto, Lucius Clemente Hospital Central da Aeronáutica (HCA), Rio de Janeiro, RJ, Brasil Introduc¸ão: A cirurgia de amputac¸ão abdominoperineal do reto é indicada para ressecc¸ão de tumores baixos de reto a critério do cirurgião. Está indicada, nesses casos, neoadjuvância com quimio e radioterapia. Além de todo tratamento e radicalidade na abordagem dessa patologia, o paciente pode ainda ter de lidar com a complicac¸ão de uma hérnia perineal. A incidência, segundo a literatura, é de 0,6 a 7% e a maior dificuldade apresentada é a falta de consenso sobre a técnica

de abordagem frente a uma taxa de recidiva de 37%. São considerados fatos de influência, na ocorrência e recidiva, o fato de esses pacientes serem oncológicos, com defeito em uma área agredida por radioterapia, após uma excisão radical do mesorreto e grande dano tecidual. Objetivo: Apresentar um caso de hernioplastia perineal evoluído um ano pós-amputac¸ão abdominoperineal de reto, gerou dor, restric¸ão de atividades diárias e desconforto abdominal recorrente. Descrever técnica cirúrgica usada e resultados imediatos. Método: Sob raquianestesia, paciente em posic¸ão de canivete, incisão transperineal longitudinal, identificac¸ão do saco herniário, abertura dele e reduc¸ão do intestino delgado. Feita coccigectomia; uso de tela dupla face separadora de tecidos absorvível (Procced® ) com fixac¸ão em quatro pontos cardinais, posteriormente, sacro; anteriormente, púbis; laterais direita e esquerda nas tuberosidade isquiopúbicas com fio inabsorvível de prolene 0. Fechamento por planos com aproximac¸ão de tecido muscular remanescente do assoalho pélvico e subcutâneo. Drenagem com dreno aspirativo da loja subcutânea e síntese da pele. Resultados: Cirurgia feita há cerca de três meses do presente trabalho, sem recidiva até o momento, melhoria significativa na qualidade de vida do paciente. Conclusão: O incentivo a descric¸ão de técnicas cirúrgicas usadas gera a melhor orientac¸ão de novos cirurgiões para abordagem de casos complexos e de difícil tratamento, diante do risco de recidiva em pacientes complexos e psicologicamente vulneráveis. https://doi.org/10.1016/j.jcol.2017.09.009 P-009 AVALIAC¸ÃO DA DENSIDADE LINFÁTICA DAS MARGENS DO ADENOCARCINOMA DE CÓLON E RETO POR IMUNO-HISTOQÚIMICA Priscila Oliveira Cardoso a , Luciana Maria Pyramo b , Ramão Tavares Neto c , Marco Antônio Miranda dos Santos b , Marina Varella Braga de Oliveira d , Jessica Gerundi Guimarães d , Andy Petroianu a a

Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte, MG, Brasil b Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg), Belo Horizonte, MG, Brasil c Laboratório de Anatomia Patológica e Citopatologia (Conlab), Confins, MG, Brasil d Hospital Alberto Cavalcanti (HAC), Fundac¸ão Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), Belo Horizonte, MG, Brasil Introduc¸ão: A retirada dos tumores com margem livre de câncer é essencial no prognóstico da morbimortalidade, determina a retirada completa da neoplasia em seu local de origem. A analise anatomopatológica associada à imuno-histoquímica

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das margens tumorais tem sido cada vez mais adotada e é capaz de indicar a densidade linfática local e intramural. Objetivo: Analisar a densidade linfática tumoral e peritumoral e avaliar a invasão intramural tumoral distal e proximal. Método: Foram estudados prospectivamente 13 pacientes com diagnóstico de adenocarcinoma na topografia do cólon descendente, sigmoide e reto, submetidos a ressecc¸ão cirúrgica. Os pacientes foram submetidos a estadiamento clínico pré-operatório seguido de tratamento cirúrgico adequado. Depois de retirada, a pec¸a cirúrgica foi medida em centímetros. Em seguida, avaliou-se a margem tumoral por imuno-histoquímica, com anticorpo anti-D2-40, e quantificou-se a densidade de marcadores de tecido linfático a partir da margem tumoral proximal e distal. Resultados: A densidade linfática é menor no tecido tumoral, aumenta a partir da margem tumoral e mantém-se com baixa densidade linfática até 2 cm distais ao tumor e até 1,5 cm proximal ao tumor. Conclusões: Alterac¸ões na densidade linfática ocorrem no desenvolvimento de câncer colorretal. A avaliac¸ão de densidade linfática peritumoral pode desempenhar um papel potencial no estadiamento patológico. https://doi.org/10.1016/j.jcol.2017.09.010 P-010 DIMENSIONAMENTO DAS MARGENS HISTOLÓGICAS DE ADENOCARCINOMAS DO CÓLON E RETO POR COLORAC¸ÃO COM AZUL DE METILENO INJETADO PERITUMORAL Priscila Oliveira Cardoso a , Luciana Maria Pyramo Costa b , Ramão Tavares Neto c , Alexandre Miranda Silveira b , Marina Varella Braga de Oliveira d , Jessica Gerundi Guimarães d , Andy Petroianu a a

Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte, MG, Brasil b Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg), Belo Horizonte, MG, Brasil c Laboratório de Anatomia Patológica e Citopatologia (Conlab), Confins, MG, Brasil d Hospital Alberto Cavalcanti (HAC), Fundac¸ão Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), Belo Horizonte, MG, Brasil Introduc¸ão: No tratamento do adenocarcinoma de cólon e de reto, é fundamental a retirada em bloco do tumor primário, com margens livres de neoplasia, associada à linfadenectomia regional ampla. A determinac¸ão adequada das margens de ressecc¸ão tumoral define a retirada completa do câncer no local de sua origem. Com a progressão de técnicas menos invasivas, observa-se a tendência de desenvolver maneiras de avaliar o tumor sem deixar de tratá-lo adequadamente. A análise anatomopatológica das margens tumorais tem sido cada vez mais adotada. A injec¸ão peritumoral de azul de metileno,

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por difundir-se rapidamente nos tecidos, é capaz de indicar a drenagem linfática local. Objetivo: Analisar a relac¸ão entre a margem microscópica do adenocarcinoma de cólon e a margem de difusão do azul de metileno injetado peritumoral, para avaliar a adequac¸ão do método de colorac¸ão vital na orientac¸ão da retirada do câncer colônico com margens cirúrgicas livres de neoplasia. Método: Foram estudados prospectivamente 13 pacientes com diagnóstico de adenocarcinoma na topografia do cólon descendente, do cólon sigmoide e do reto, submetidos a ressecc¸ão cirúrgica. Os cânceres foram estadiados no pré-operatório. Durante o ato cirúrgico, uma agulha injetora foi introduzida na submucosa através do endoscópio e injetaram-se 2 ml de azul de metileno estéril na concentrac¸ão de 1% à distância de 1 cm da margem tumoral proximal e distal. Depois de retirada a pec¸a cirúrgica, mediu-se a distância, em centímetros, da margem corada pelo azul de metileno, que foi comparada com a distância de invasão neoplásica transmural, verificada por microscopia óptica. Resultados: Não foi constatada presenc¸a neoplásica além da margem corada pelo azul de metileno. Conclusões: O corante azul de metileno injetado na região peritumoral do adenocarcinoma de cólon e reto difundiu-se para uma área maior do que o crescimento transmural do câncer e suspeito de acometimento neoplásico. https://doi.org/10.1016/j.jcol.2017.09.011 P-011 EVOLUC¸ÃO DO CÂNCER COLORRETAL NAS ÚLTIMAS TRÊS DÉCADAS EM UM HOSPITAL TERCIÁRIO DA REDE PÚBLICA Mário Nóbrega de Araújo Neto, Silvana Marques e Silva, Olane Marquez de Oliveira, Guilherme Inacio Neiva, Pedro Viana Leite, Fábio Alves Soares Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), Brasília, DF, Brasil Objetivo: Comparar características dos pacientes portadores de câncer colorretal operados em três décadas em um hospital terciário da rede pública de saúde. Método: Foi feito um estudo retrospectivo. Para a coleta dos dados foram usadas fichas padronizadas que são preenchidas de rotina pelos médicos assistentes durante o atendimento no ambulatório de seguimento de pacientes oncológicos. Foram avaliados pacientes operados de 1994/1995 (grupo 1), 2004/2005 (grupo 2) e 2014/2015 (grupo 3). As características analisadas foram a localizac¸ão do tumor, a idade do paciente no momento do diagnóstico e o sexo. Foram considerados tumores do cólon direito aqueles de localizac¸ão proximal ao ângulo esplênico do cólon e tumores de cólon esquerdo aqueles distais a esse segmento. O programa usado para a análise estatística foi o Excel® 2015. Resultados: Foram avaliados 125 pacientes, 40 do grupo 1, 44 do grupo 2 e 41 do grupo 3. Houve predomínio de pacientes do sexo masculino no grupo 1 e de pacientes do sexo feminino nos grupos 2 e 3, sem diferenc¸a entre os grupos em