O USO DO ULTRASSOM NO DIAGNÓSTICO DE ARTRITE IDIOPÁTICA JUVENIL

O USO DO ULTRASSOM NO DIAGNÓSTICO DE ARTRITE IDIOPÁTICA JUVENIL

r e v b r a s r e u m a t o l . 2 0 1 7;5 7(S 1):S131–S138 do doppler variando de 6,6 a 8,0 MHz. Escolhida uma RI ≤ 0.85, o ângulo de insonac¸ão (AI)...

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r e v b r a s r e u m a t o l . 2 0 1 7;5 7(S 1):S131–S138

do doppler variando de 6,6 a 8,0 MHz. Escolhida uma RI ≤ 0.85, o ângulo de insonac¸ão (AI) corretamente corrigido ≤ 60◦ , baixo IP e TA > 100 ms foram considerados processo inflamatório no leito ungueal. Resultados: 46,7% mulheres e 53,3% homens; 80% caucasianos e 20% afro-descendentes. Média do desvio padrão (SD): idade: 56.1 ± 15.1, PASI: 4.9 ± 7.4, NAPSI: 48.5 ± 36.0, DLQI:4.3 ± 3.6, fator reumatoide: 18 UI/mL ± 17.3, velocidade de hemossedimentac¸ão: 25.9 mm ± 21.2, proteína C-reativa: 1.1 mg/dL ± 1.5, RI:0.59 ± 0.10, IP:1.17 ± 0.36, TA: 125.80 ms ± 46.39, (AI):15.34 ± 25.09. Correlac¸ões estatisticamente significantes: NAPSI com PASI: r = 0.33, p < 0.01; TA com NAPSI: r = 0.33, p < 0.01; medida do leito ungueal com NAPSI: r = 0.21, p = 0.01; IP com PASI: r = 0,23, p = 0,01; IP com RI: r = 0.91, p < 0.01. Conclusão: Além da resistência interna, outros parâmetros do doppler espectral como o índice de pulsatilidade e o tempo de acelerac¸ão, podem ser validados para caracterizar entensite ungueal.

refer ê ncias

1. Gutierrez M, Filippucci E, De Angelis R, Filosa G, Kane D, Grassi W. A sonographic spectrum of psoriatic arthritis: “the five targets”. Clin Rheumatol. 2010;29:133–42. 2. Terslev L, Torp-Pedersen S, Qvistgaard E, von der Recke P. Doppler ultrasound findings in healthy wrists and finger joints. Ann Rheum Dis. 2004;63:644–8. 3. Mendonc¸a JA, Nogueira JP, Laurido IMM, Vierhout C, Peron F, Lyrio AM, et al. Can spectral doppler identify nail enthesitis in psoriatic arthritis? Annals of the Rheumatic Diseases. 2014;73:1–1332. 4. Mendonc¸a JA. High Specificity of Spectral Nail Assessment in Psoriatic Arthritis Patients. Arthritis Rheumatol. 2015;67 suppl 10:191. 5. Stavros AT, Parker SH, Yakes WF, Chantelois AE, Burke BJ, Meyers PR, et al. Segmental stenosis for renal artery: Pattern recognition of the tardus and parvus abnormalities with duplex ultrasonography. Radiology. 1992;184:487–92.

http://dx.doi.org/10.1016/j.rbr.2017.07.114 PO223 O USO DO ULTRASSOM NA AVALIAC¸ÃO DE FIBROSE PULMONAR E FENÔMENO DE RAYNAUD SECUNDÁRIO NA ESCLEROSE SISTÊMICA: RELATO DE CASO M.S. Vieira, F.R. Andrade, L.M.K.R. Brandão, L.D. Garcia, R. Bonfiglioli, J.A. Mendonc¸a

quente na doenc¸a. Embora a Tomografia Computadorizada de Alta Resoluc¸ão (TCAR) seja o padrão-ouro para o diagnóstico de FP, recentemente o Ultrassom Pulmonar (USP) surgiu como uma técnica promissora de avaliac¸ão não invasiva e livre de radiac¸ão que permite a detecc¸ão de espessamento pleural (EP) e linhas B/cometa (lB/c) pulmonares que são os marcadores de FP. Ademais, o ultrassom (US) é útil na demonstrac¸ão da lesão vascular digital (LVD) que ocorre FRy secundário e não no FRy primário. Descric¸ão do caso: Masculino, 28 anos, com diagnóstico de ES difusa desde 2008, com acometimento cutâneo importante e queixa de dispneia. Embora a TCAR não apresentasse lesões de significado clínico, realizou-se USP que demonstrou EP e 12 lB/c de acordo com a pontuac¸ão: 0 = normal (< 10), 1 = leve (11-20), 2 = moderado (21-50), 3 = marcado (> 50). E o US digital corroborou para o diagnóstico FRy secundário com evidência de estenose em artérias digitais de 3◦ quirodáctilo esquerdo. Discussão: As lB/c pulmonares observadas ao USP são linhas verticais, bem definidas, hiperecogênicas, originadas na pleura e que estão presentes na FP. Sua imagem se correlaciona com a de FP vista à TCAR e provas de func¸ão pulmonar (PFP), assim como a presenc¸a de outros acometimentos extrapulmonares como LVD. Além disso, estudos prévios evidenciam que o USP também pode detectar sinais iniciais de FP antes de alterac¸ão de PFP e TCAR. O US, portanto, pode ser útil tanto no manejo da ES, quanto na avaliac¸ão pulmonar quanto na investigac¸ão de LVD.

refer ê ncias

1. Hasan AA, Makhlouf HA. B-lines: Transthoracic chest ultrasound signs useful in assessment of interstitial lung diseases. Ann Thorac Med. 2014;9:99–103. 2. Barskova T, Gargani L, Guiducci S, Randone SB, Bruni C, Carnesecchi G, et al. Lung ultrasound for the screening of interstitial lung disease in very early systemic sclerosis. Annals of the Rheumatic Diseases. 2013;72:390–5. 3. Gigante A, Rossi Fanelli F, Lucci S, Barilaro G, Quarta S, Barbano B, et al. Lung ultrasound in systemic sclerosis: correlation with high-resolution computed tomography, pulmonary function tests and clinical variables of disease. Intern Emerg Med. 2016 Mar;11:213–7, http://dx.doi.org/10.1007/s11739-015-1329-y. Epub 2015 Oct 22. 4. Gargani L, Doveri M, D’Errico L, Frassi F, Bazzichi ML, Delle Sedie A, et al. Ultrasound lung comets in systemic sclerosis: a chest sonography hallmark of pulmonary interstitial fibrosis. Rheumatology (Oxford). 2009;48:1382–7.

http://dx.doi.org/10.1016/j.rbr.2017.07.115 PO224

Departamento de Reumatologia, Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), Campinas, SP, Brasil Palavras-chave: Ultrassom; Esclerose sistemica; Fibrose pulmonar. Introduc¸ão: A Fibrose pulmonar (FP) é uma manifestac¸ão comum da esclerose sistêmica (ES) e representa uma das principais causas de morbidade e mortalidade, enquanto que o Fenômeno de Raynaud (FRy) secundário é um achado fre-

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O USO DO ULTRASSOM NO DIAGNÓSTICO DE ARTRITE IDIOPÁTICA JUVENIL M.S. Vieira a , J.A. Mendonca a , V.R. Guissa b , J.A. Mendonc¸a a , L.M.K.R. Brandão a , L.D. Garcia a , F.R. Andrade a a

Departamento de Reumatologia, Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), Campinas, SP, Brasil

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Departamento de Reumatologia Pediátrica, Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), Campinas, SP, Brasil Palavras-chave: Ultrassom; Artrite Idiopática Juvenil; Sinovite

PO225

Introduc¸ão: A Artrite Idiopática Juvenil (AIJ) corresponde a um grupo heterogêneo de doenc¸as de origem desconhecida, caracterizadas pela presenc¸a de artrite crônica (≥ 6 semanas) de início antes dos 16 anos de idade. Trata-se de um diagnóstico de exclusão, sem marcador específico, o que pode dificultar a investigac¸ão da artrite. Os exames de imagem são importantes no diagnóstico, diagnóstico diferencial e acompanhamento da AIJ, eles identificam o tipo e a extensão do quadro articular e descartam outras alterac¸ões ósseas além de monitorizar a progressão da doenc¸a e resposta terapêutica. Descric¸ão de caso: Feminino, 9 anos, com história de 2 anos de poliartrite migratória, emagrecimento severo, febre baixa e dor abdominal intermitentes. Foi atendida em diversos servic¸os de emergência, tendo recebido analgésicos, antitérmicos e antibióticos, sem melhora do quadro, quando foi encaminhada à internac¸ão. Ao exame físico apresentava-se emagrecida, com bloqueio de punhos e cotovelos e artrite de 3 a interfalangeana proximal. Os exames laboratoriais apresentavam provas inflamatórias levemente aumentadas. Infecc¸ões crônicas e neoplasia foram descartados. Às provas reumatológicas apresentou apenas FAN positivo em baixos títulos e demais anticorpos negativos. A Ressonância Magnética de cotovelo evidenciou sinais de sinovite e derrame articular e, o Ultrassom Reumatológico (USR) observou importantes sinais de sinovite em punhos, mãos, cotovelos e ombros com Power Doppler positivo. Feita hipótese diagnóstica de AIJ e foi submetida a pulsoterapia com metilprednisolona, evoluiu com melhora dos sintomas e ao USR de controle apresentava diminuic¸ão significativa dos sinais de sinovite. Discussão: O USR é método não-invasivo, rápido, barato, inócuo, podendo ser repetido inúmeras vezes, capaz de avaliar várias articulac¸ões em um único tempo, com boa aceitac¸ão e dispensa o uso de anestésicos. Seu uso, por auxiliar a classificac¸ão da AIJ, tem implicac¸ões terapêuticas e devido alta sensibilidade, mostra-se útil no seguimento e confirmac¸ão de remissão clínica da doenc¸a.

F.B. Lopes, V.S. Souza, N.J.M.S. Brasil, D.P. Gonc¸alves, S.M.A. Fontenele, L.B. Aguiar

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refer ê ncias

1. Manzoni SM, Epis O, Ravelli A, Klersy C, Visconti C, Lanni S, et al. Comparison of Clinical Versus Ultrasound-Determined Synovitis in Juvenile Idiopathic Arthritis. Arthritis & Rheumatism. 2009;61:1497–504. 2. Haslam KE, McCann LJ, Wyatt S, Wakefield RJ. The detection of subclinical synovitis by ultrasound in oligoarticular juvenile idiopathic arthritis: a pilot study. Rheumatology. 2010;49:123–7. 3. Petty RE, Southwood TR, Baum J, Bhettay E, Glass DN, Manners P, et al. Revision of the proposed classification criteria for juvenile idiopathic arthritis: Durban, 1997. J Rheumatol. 1998;25:1991–4.

SACROILEÍTE INFECCIOSA SIMULANDO ESPONDILOARTROPATIA SORONEGATIVA: RELATO DE CASO

Universidade Federal do Ceará (UFC), Fortaleza, CE, Brasil Palavras-chave: Sacroileite; Sacroileite pós infecc¸ão; Scroileite pós aborto infectado. Introduc¸ão: Sacroilíaca, devido sua anatomia, pode ser afetada por diversas patologias. Espondiloartropatias soronegativas são exemplos clássicos destes distúrbios. Porém outras patologias podem causar sacroileíte, como alterac¸ões degenerativas, por deposic¸ão de cristais, tumores e infecc¸ões. Infecc¸ões são incomuns na articulac¸ão sacroilíaca. Germe mais comum é o estafilococo. Esta apresentac¸ão tem como objetivo relatar caso de sacroileíte infecciosa após abortamento retido. Descric¸ão: M.A.C., 20 anos, hígida, apresentou, em novembro/2015, quadro súbito de dor em hipogastrio associada a menorragia. Foi diagnósticada com abortamento em curso sendo submetida a curetagem. Evoluiu com forte lombalgia, que impedia deambulac¸ão, associada a adinamia, febre (38 ◦ C) e retenc¸ão urinária/fecal. Negava trauma ou alterac¸ão na sensibilidade. Posteriormente, realizou ressonância magnética (RM) das sacroilíacas, evidenciando sinais de sacroileíte em atividade inflamatória e alterac¸ões iniciais de dano estrutural. Recebeu diagnóstico de abortamento retido infectado e sacroileíte infecciosa secundária ao abortamento. Iniciou antibioticoterapia, recebendo alta hospitalar, porém com persistência da lombalgia. Em acompanhamento ambulatorial persiste com dor lombar após 15 meses da alta hospitalar, intermitente e de leve intensidade. Em uso de AINES. Nova RM das sacroilíacas evidenciou substituic¸ão gordurosa das metades superiores das superfícies articulares ilíacas e sacrais bilateralmente (fase de resoluc¸ão da inflac¸ão). Discussão: Conceito de artrite reativa no grupo das espondiloartropatias requer presenc¸a de uma artrite asséptica associada à evidência de infecc¸ão precedente. Acometimento axial pode aparecer em 20% dos casos. Evoluem como surto único (10% a 20%), crises recorrentes (40% a 60%) ou cronificar (20% a 30%). A pesquisa do HLA-B27, positiva em 50% a 80% dos casos, não é importante como diagnóstico, sim como determinante de prognóstico. Na fase articular aguda da doenc¸a, inicia-se o tratamento com AINH, doses convencionais, com durac¸ão enquanto houver atividade articular, não havendo nenhum AINH comprovadamente superior aos demais. Quanto aos agentes biológicos anti-TNFa sua indicac¸ão não está bem estabelecida nas artrites reativas.

refer ê ncias

http://dx.doi.org/10.1016/j.rbr.2017.07.116 1. Barros PDS, Azevedo VF, Bonfiglioli R, Campos WR, Carneiro SCS, Carvalho MAP, et al. Consenso Brasileiro de Espondiloartropatias: Outras Espondiloartropatias Diagnóstico