OSTEOARTRITE E QUALIDADE DE VIDA: UM ESTUDO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA DO MUNICÍPIO DE SANTA MARIA

OSTEOARTRITE E QUALIDADE DE VIDA: UM ESTUDO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA DO MUNICÍPIO DE SANTA MARIA

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cofaríngeo são possíveis explicac¸ões para os sintomas. Podem apresentar dor cervical, disfonia e dispneia devido compressão da traqueia. Se houver calcificac¸ão ao nível do ligamento longitudinal posterior da coluna pode haver mielopatia. Por ser uma doenc¸a mais rara e pouco conhecida, com tratamento por vezes resolutivo, DISH deve ser sempre considerado no diagnóstico diferencial em pacientes com disfagia e disfonia.

refer ê ncias

1. Helfgott SM. Diffuse idiopathic skeletal hyperostosis (DISH). In: UpToDate. Available at: https://www.uptodate.com/ contents/diffuse-idiopathic-skeletal-hyperostosis-dish. 2. Mazières B. Diffuse idiopathic skeletal hyperostosis (Forestier-Rotes-Querol disease): What’s new? Joint Bone Spine. 2013;80:466–70. 3. Von der Hoeh N, Voelker A, Jarvers J, Gulow J, Heyde C. Results after the surgical treatment of anterior cervical hyperostosis causing dysphagia. European Spine Journal. 2014;24:489–93. 4. Balakumar K, Vivekanandarajah A, Ripoll L, Chang E, Wetz R. Diffuse Idiopathic Skeletal Hyperostosis (DISH) - A Rare Etiology of Dysphagia. Clinical Medicine Insights: Arthritis and Musculoskeletal Disorders. 2011;4:71–5. 5. Dutta S, Biswas K, Mukherjee A, Basu A, Das S, Sen I, et al. Dysphagia Due to Forestier Disease: Three Cases and Systematic Literature Review. Indian J of Otolaryngol and Head & Neck Surg. 2011;66:379–84.

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randomizac¸ão, os pacientes foram divididos em 2 grupos, 50 grupo intervenc¸ão (acolhimento) e 50 grupo controle (sem acolhimento). Grupo acolhimento recebeu intervenc¸ão protocolo de acolhimento SPIKES. Avaliac¸ões foram realizadas por um avaliador “cego” nos tempos T0 (pré-procedimento), TPPI (pós-procedimento imediato), T1 (1 semana), T2 (4 semanas) e T3 (12 semanas) após a IIA, através dos instrumentos: EVA dor ao repouso, ao movimento e de edema articular, rigidez matinal, questionário WOMAC, escala de catastrofizac¸ão da dor, questionário McGILL, SF36, Inventário de ansiedade trac¸o-estado IDATE, teste funcional time up and go e escala tipo likert. No TPPI os pacientes foram avaliados quanto ao EVA de dor e edema no momento da IIA. O nível de significância estatística foi de 5%. Resultados: 100 pacientes foram incluídos, 89 (89%) mulheres, 60 (60%) brancos, idade média de 67,1- 67,0(7,6 - 7,1), tempo médio de doenc¸a de 6,1- 6,5(6,3-5,0). Não houve diferenc¸a estatisticamente significante entre os grupos para nenhuma das variáveis do TPPI, variáveis locais, questionários funcional e de dor, teste funcional e escala de melhora. Conclusão: Não se observou vantagem em realizar o protocolo de acolhimento ao paciente com OA de joelho submetido à IIA de HT, nem no desconforto no momento da IIA, nem quanto a aumentar a efetividade do procedimento a curto e a médio prazo.

refer ê ncias http://dx.doi.org/10.1016/j.rbr.2017.07.293 PO398 INFLUÊNCIA DO ACOLHIMENTO AO PACIENTE COM OSTEOARTRITE DE JOELHO NO PROCEDIMENTO DE INJEC¸ÃO INTRA-ARTICULAR COM CORTICOSTEROIDE: UM ESTUDO PROSPECTIVO, CONTROLA S.R. Toffolo a,b , J.C. Tamashiro b , R.C. Boni c , J. Natour b , R.N.V. Furtado b a Escola Técnica de Saúde (ESTES), Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Uberlândia, MG, Brasil b Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP, Brasil c Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil Palavras-chave: Osteoartrite; Acolhimento; Infiltrac¸ão

O acolhimento ao paciente deve ser entendido como atenc¸ão dispensada na relac¸ão entre trabalhador de saúde e usuário. Objetivo: Avaliar a efetividade do acolhimento ao paciente com osteoartrite (OA) de joelho com relac¸ão à IIA com CE quanto à tolerância relacionada à IIA e a efetividade a curto e médio prazo. Material e método: Estudo prospectivo, controlado, randomizado, avaliador cego e com intenc¸ão de tratar, em 100 pacientes com OA sintomática de joelhos submetidos à IIA com hexacetonide de triancinolona. Os pacientes dos ambulatórios da Disciplina de Reumatologia da UNIFESP. Após

1. Altman R, Asch E, Bloch D, Bole G, Borenstein D, Brandt K, et al. Development of criteria for the classification and reporting of osteoarthritis; classification of osteoarthritis of the knee. Arthritis Rheum. 1986;29:1039–49. 2. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenc¸ão à Saúde. Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanizac¸ão. Humaniza SUS: Documento base para gestores e trabalhadores do SUS /Ministério da Saúde, Secretaria de Atenc¸ão à Saúde, Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanizac¸ão. – 4. ed. 4. reimp. – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2010. ˜ 3. Almanza-Munos MJJ, Holland CJ. La comunicación de las malas noticias em la relación medico-paciente. III. Guía clínica práctica basada em evidencia. 1999;53:220–4.

http://dx.doi.org/10.1016/j.rbr.2017.07.294 PO399 OSTEOARTRITE E QUALIDADE DE VIDA: UM ESTUDO NA ATENC¸ÃO PRIMÁRIA DO MUNICÍPIO DE SANTA MARIA R.M. Copês, T.T. Martins, A.E. Barin, N.D. Boufleuer, J. Rodrigues, S.F. Santinon, D.A. Veiga, F.V. Comim, M.O. Premaor Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Santa Maria, RS, Brasil Introduc¸ão: Vários estudos vêm descrevendo que a qualidade de vida em pacientes com osteoartrite é consideravelmente baixa. Entretanto, a qualidade de vida nos pacientes com diagnóstico de osteoartrite que frequentam a atenc¸ão primária em saúde de nosso país é pouco conhecida.

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Objetivo: O objetivo do presente estudo foi avaliar a qualidade de vida em mulheres na pós-menopausa com história de osteoartrite (OA). Métodos: Um estudo transversal foi realizado incluindo 1.057 mulheres na pós-menopausa com idade maior que 55 anos atendidas na atenc¸ão primária do município de Santa Maria, RS, entre marc¸o à agosto de 2013. Os dados foram coletados por meio de um questionário padronizado e a qualidade de vida foi avaliada por meio do Short Form 36 (SF 36). Resultados: Dentre as 1057 mulheres estudadas, 1043 responderam a questão sobre OA a qual esteve presente em 44% delas. Não houve diferenc¸a na idade (anos) das mulheres com e sem OA [média (SD) 67,3 (7,2) vs. 67,1 (8,0); p = 0,584]. O índice de massa corporal (kg/m2 ) foi maior nas mulheres com OA [30,2 (5,8) vs. 28,5 (5,2); p = 0,0001], bem como a frequência de comorbidades (45,8% vs. 99,0%; p = 0,0001). A qualidade de vida também foi pior nessas mulheres quando comparadas às mulheres sem OA [Resumo do Componente Físico 43,9 (9,4) vs. 49,7 (8,4), p = 0,0001; e Resumo do Componente Mental 49,1 (12,1) vs. 50,9 (10,9), p = 0,02]. Na análise de regressão linear tanto a presenc¸a de comorbidade quanto a história de OA foram associadas a uma piora do componente físico da qualidade de vida. Conclusão: Diante disso, é possível considerar que nosso estudo seja um dos primeiros a descrever um comprometimento na qualidade de vida de mulheres com história de osteoartrite atendidas na atenc¸ão primária em nosso país. Além disso, esta pior qualidade de vida foi independente da presenc¸a ou ausência de outras comorbidades.

refer ê ncia

1. Cunha-Miranda L, Faustino A, Alves C, Vicente V, Barbosa S. Avaliac¸ão da magnitude da desvantagem da osteoartrite na vida das pessoas: estudo MOVES. Rev Bras Reumatol. 2015;55:22–30.

http://dx.doi.org/10.1016/j.rbr.2017.07.295 PO400 PROPRIEDADES PSICOMÉTRICAS DO WESTERN ONTARIO AND MCMASTER UNIVERSITIES OSTEOARTHRITIS INDEX (WOMAC) NA COORTE ELSA-BRASIL MUSCULOESQUELÉTICO P.T. Silva a , L.A.C. Machado a , R.C. Figueiredo b , R.C.P. Reis a , S.M. Barreto c , R.W. Telles c a

Hospital das Clínicas, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte, MG, Brasil b Campus Centro Oeste Dona Lindu, Universidade Federal de São João Del Rei (UFSJ), São João Del Rei, MG, Brasil c Faculdade de Medicina, Hospital das Clínicas, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte, MG, Brasil Palavras-chave: WOMAC; Propriedades psicométricas COSMIN; ELSA-Brasil musculoesquelético

Introduc¸ão: O Western Ontario and McMaster Universities Osteoarthritis (WOMAC) é um dos instrumentos mais usados para avaliac¸ão sintomática e de func¸ão de joelhos, mas suas propriedades psicométricas da versão português-Brasil não foram avaliadas em estudos epidemiológicos brasileiros. Objetivos: investigar as propriedades psicométricas do WOMAC em sub-amostra de participantes da linha de base do ELSA-Brasil ME. Método: Estudo de validade em 1.740 participantes que responderam o WOMAC (versão NRS3.1) em 2010-2012. A confiabilidade teste-reteste foi avaliada em subamostra de 319 participantes. O intervalo de tempo entre teste e reteste foi, em média, de 3:38 min (DP = 1:18 min). As análises seguiram as orientac¸ões do manual do COSMIN (Consensus-based standards for the selection of health status measurement instruments). A intensidade de sintomas musculoesqueléticos em joelhos (escala de 0-10) e o resultado do teste senta-e-levanta repetido foram utilizados para avaliac¸ão da validade de construto do WOMAC-dor e WOMAC-func¸ão, respectivamente. Resultados: Média (DP) de idade dos participantes foi de 56(8,9) anos, 53,2% mulheres. Os ␣ de Cronbach foram maiores que 0,9 em todos os domínios do WOMAC. A confiabilidade teste-reteste foi boa (Coeficiente de Correlac¸ão Intraclasse ≥0,85) e o erro padrão de medida foi menor que a média das diferenc¸as entre os escores do teste e reteste. Houve correlac¸ão positiva estatisticamente significante entre WOMAC-dor e intensidade dos sintomas musculoesqueléticos e WOMAC-func¸ão e teste senta-e-levanta repetido. Análise fatorial confirmatória evidenciou que as perguntas individuais do WOMAC estão correlacionadas com os respectivos escores finais e são responsáveis por variância significativa desses escores, com carga fatorial padronizada maior que 0,9 para todas as perguntas. Conclusão: As propriedades psicométricas avaliadas indicaram que o WOMAC tem excelente consistência interna, boa confiabilidade teste-reteste e validade adequada para uso na populac¸ão estudada. Financiamento: Ministério da Saúde; Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos; Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovac¸ão; CNPq; FINEP; CAPES.

refer ê ncias

[1]. Bellamy N, Buchanan WW, Goldsmith CH, Campbell J, Stitt LW. Validation study of WOMAC: a health status instrument for measuring clinically important patient relevant outcomes to antirheumatic drug therapy in patients with osteoarthritis of the hip or knee. J Rheumatol. 1988;15:1833–40. 2. Fernandes MI. Traduc¸ão e validac¸ão do questionário de qualidade de vida espeícifo para osteoartrose WOMAC (Western Ontario and McMaster Universities) para a língua Portuguesa. Universidade Federal de São Paulo; 2002. 3. Mokkink LB, Terwee CB, Patrick DL, Alonso J, Stratford PW, Knol DL, et al. The COSMIN checklist for assessing the methodological quality of studies on measurement properties of health status measurement instruments: an international Delphi study. Qual Life Res. 2010;19:539–49.

http://dx.doi.org/10.1016/j.rbr.2017.07.296