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PO629
http://dx.doi.org/10.1016/j.rbr.2017.07.529
USO DE INFLIXIMABE PARA CONTROLE DE ARTERITE DE TAKAYASU REFRATÁRIA
PO630
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G.M. Muratt, E.S. Rosa, T. Willers, M.L.L. Lopes, T.F. Toruinho Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, Porto Alegre, RS, Brasil Palavras-chave: Arterite de Takayasu; Vasculite; Anti-TNF Introduc¸ão: A Arterite de Takayasu é uma vasculite de grandes vasos que acomete aorta e seus ramos. Seu tratamento é baseado no uso de glicocorticoides. Para manutenc¸ão, em geral são utiilizados imunossupressores, como metotrexato, azatioprina ou ciclofosfamida. Casos refratários são pouco comuns, havendo relato do uso de agentes anti-TNF. Descric¸ão do caso: Paciente feminino, 21 anos, previamente hígida, iniciou há 5 anos com queixas de dispneia e dor torácica, sem relac¸ão com esforc¸os. Havia realizado investigac¸ão com cardiologista, sem achados sugestivos de cardiopatia. Tinha histórico de assimetria de pressão arterial entre os membros superiores, motivo pelo qual foi encaminhada ao reumatologista. Ao exame, apresentava assimetria de pulsos em membros superiores, pulsos pediosos reduzidos, com sopro carotídeo bilateral e abdominal. Tomografia mostrou estenose de carótidas, aorta infrarrenal, artérias renais, ramos da pulmonar e tronco celíaco, caracterizando extenso acometimento visceral por Arterite de Takayasu. Foi submetida a pulso de metilprednisolona e ciclofosfamida mensal, apresentando retorno dos sintomas e elevac¸ão de provas inflamatórias 6 meses após o início do tratamento, evidenciando falha no controle da doenc¸a. Diante disso, foi submetida a novo pulso de metilprednisolona, sendo iniciado metotrexato e infliximabe. Paciente teve excelente resposta, com normalizac¸ão de provas inflamatórias e resoluc¸ão dos sintomas. Comentários: A Arterite de Takayasu costuma ter boa resposta terapêutica ao glicocorticoide, embora sejam frequentes as recidivas durante reduc¸ão de dose ou no seu uso isolado. Diante da gravidade e da extensão do caso, optou-se por infusões mensais de ciclofosfamida. Entretanto, houve evidências claras de recidiva da doenc¸a. O Infliximabe se mostrou uma boa opc¸ão para casos graves e refratários como o apresentado.
refer ê ncias
1. Bijlsma JWJ, Hachulla E. EULAR: Textbook on Rheumatic Diseases. 2a Ed. London: BMJ Publishing Group; 2015.
VASCULITE INDUZIDA POR COCAÍNA RELATO DE CASO L.C. Oliveira, J.C.S. Toledo, T.V.R. Santos, F.L. Marin, H.P. Sampaio, F.V. Leite, A. Baccaro, A.A. Pedutti, L.E. Valente, S.G.L.D. Pacheco Universidade Estadual de São Paulo “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP), São Paulo, SP, Brasil Palavras-chave: Vasculite; Cocaína; Ciclofosfamida Introduc¸ão: O consumo de cocaína continua aumentando ao redor do mundo e cerca de 70% encontra-se contaminada por levamizol, substância capaz de causar uma síndrome caracterizada por vasculite cutânea e alterac¸ões imunes. Acomete principalmente orelhas e extremidades inferiores, podendo cursar com anticorpos antifosfolípides e anticitoplasma de neutrófilo. A melhora geralmente dá-se com a cessac¸ão do uso da droga. Relato de caso: Masculino, 53 anos, etilista, usuário de cocaína, ex-tabagista, sem comorbidades, com dor intensa, edema e cianose intermitente em pododáctilos. Tratado com tiamina, complexo B e anti-inflamatório em Unidade de Saúde. Após 1 mês, a cianose tornou-se fixa, até terc¸o distal de pés e com necrose de pododáctilos; houve emagrecimento e surgimento de úlcera em mucosa nasal. Cirurgia Vascular excluiu macroangiopatia e encaminhou para Reumatologia. Solicitados autoanticorpos (FAN, anti-Ro, anti-La, anca-c, anca-p, anticoagulante lúpico) e pesquisa de crioglobulinas que foram negativos. Anticardiolipina IgM e IgG reagentes em baixos títulos. Sorologias para hepatites B e C, HIV, HTLV e sífilis negativos. Hemograma e urina tipo I normais. Biópsia de mucosa nasal com ulcerac¸ão epitelial associada a tecido de granulac¸ão e infiltrado inflamatório linfocitário. Biópsia de pele com vasculite leucocitoclástica. Atribuiu-se a cocaína o evento apresentado. Paciente em abstinência da droga há mais de 1 mês e mantendo quadro. Realizada pulsoterapia com metilprednisolona 1 g/dia por 3 dias e com ciclofosfamida 0,6 g/m2 , com resoluc¸ão da cianose e delimitac¸ão da área necrótica de quirodáctilos. Realizada amputac¸ão da falange distal de todos os quirodáctilos. Mantida ciclofosfamida mensal por 6 meses, com resoluc¸ão completa da vasculite e recuperac¸ão do peso. Discussão: O caso mostra vasculite induzida por cocaína com anca negativo e antifosfolípide positivo em baixos títulos. Apesar da resoluc¸ão ser comum após interrupc¸ão do