ASSOCIAÇÃO DE SÍNDROME DE MELKERSSON‐ROSENTHAL E ARTRITE REUMATOIDE

ASSOCIAÇÃO DE SÍNDROME DE MELKERSSON‐ROSENTHAL E ARTRITE REUMATOIDE

S8 r e v b r a s r e u m a t o l . 2 0 1 7;5 7(S 1):S1–S44 Discussão: O caso retrata uma síndrome rara relacionada a AR e uma complicac¸ão infeccios...

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Discussão: O caso retrata uma síndrome rara relacionada a AR e uma complicac¸ão infecciosa também incomum, com boa resposta à terapêutica instituída. O aspergiloma foi tratado com itraconazol, que é primeira escolha. O metotrexate é a droga mais estudada para tratamento da Síndrome de Felty. Obtivemos melhora clínica e laboratorial com essas duas medicac¸ões. Encontramos na literatura poucos dessa infecc¸ão fúngica em pacientes com AR e Síndrome de Felty.

refer ê ncias

1. Singh H, Joshi P, Khanna V, Gupta SG, Arora S, Maurya V. Pulmonary Aspergilloma in Rheumatoid Arthritis. Med J Armed Forces India. 2003;59:254–6. 2. Léon-Naranjo FL, Dominguez SP, Lara IC, Quijano AS, Noval ML, Vales JG, et al. Felty syndrome and abscessing bronchopneumonia caused by Aspergillus fumigatus. Rev Clin Esp. 1981;162:293–6. 3. Soergel KH, Cote RA, Taugher PJ. Felty’s Syndrome and Generalized Aspergillosis. Marquette Med Ver. 1964;30:33–7.

http://dx.doi.org/10.1016/j.rbr.2017.06.015 PO13 ASSOCIAC¸ÃO DA RELAC¸ÃO NEUTRÓFILO/LINFÓCITO E PLAQUETA/LINFÓCITO COM ATIVIDADE INFLAMATÓRIA DA ARTRITE REUMATOIDE L.H. Osaku a , R.Y. Uehara a , M.C.C. Machoski a , A. Neppel a , T.L. Skare b a Faculdade Evangélica do Paraná, Curitiba, PR, Brasil b Hospital Universitário Evangélico de Curitiba, Faculdade Evangélica do Paraná, Curitiba, PR, Brasil Palavras-chave: Artrite reumatoide; Atividade doenc¸a; Plaqueta; Neutrófilo; Linfócito

reumatoide foi encontrado em 55,4% dos pacientes. Na correlac¸ão da NRL, as variáveis “Exposto a fumo” (p = 0,0152), PCR (p = 0,0053), VG (p = 0,0366) e PRL (p < 0,0001) obtiveram valores p significativos; a correlac¸ão da PRL apresentou um valor p significativo (< 0,0001) com a variável neutrófilo/linfócito. Todas as demais variáveis estudadas, incluindo-se as medidas de atividade inflamatória (DAS 28, VHS e PCR) e o HAQ deram p = NS. Por regressão múltipla da NLR, apenas VG e a relac¸ão plaqueta/linfócito apresentaram independência das variáveis. Conclusão: A NRL e PRL não acompanharam a atividade inflamatória dos pacientes de AR quando esta foi medida pelo VHS, PCR e DAS-28; e a análise do perfil clínico e funcional dos pacientes de AR do presente estudo assemelha-se ao da literatura vigente.

refer ê ncias

1. Chandrashekara S, Rajendran A, Bai Jaganath A, Krishnamurthy R, et al. Neutrophil-lymphocyte ratio, pain perception, and disease activity score may serve as important predictive markers for sustained remission in rheumatoid arthritis. Reumatismo. 2016;67:109. 2. Fu H, Qin B, Hu Z, Ma N, Yang M, Wei T, et al. Neutrophil- and Platelet-to-Lymphocyte Ratios are Correlated with Disease Activity in Rheumatoid Arthritis. Clin Lab. 2015;61:269–73. 3. Uslu AU, Küc¸ük A, S¸ahin A, Ugan Y, Yılmaz R, Güngör T, et al. Two new inflammatory markers associated with Disease Activity Score-28 in patients with rheumatoid arthritis: neutrophil-lymphocyte ratio and platelet-lymphocyte ratio. Int J Rheum Dis. 2015;18:731–5. 4. Vaz AE, Faria Júnior WA, Lazarski CFS, Carmo HF, Sobrinho HMR. Perfil epidemiológico e clínico de pacientes portadores de artrite reumatoide em um hospital escola de medicina em Goiânia, Goiás, Brasil. Medicina (Ribeirao Preto Online). 2013;46:141–53. 5. Mota L, Laurindo I, Santos Neto L. Artrite reumatoide inicial: conceitos. Revista da Associac¸ão Médica Brasileira. 2010;56:227–9.

http://dx.doi.org/10.1016/j.rbr.2017.06.016 Introduc¸ão: A Artrite Reumatoide (AR) é uma doenc¸a autoimune, de caráter inflamatório que leva à deformidade e à destruic¸ão das articulac¸ões. Atualmente para se medir a atividade inflamatória da AR, utiliza-se o VHS, o PCR e o Disease Activity Score (DAS-28). No entanto, estes são exames poucos fidedignos por causa de sua inespecificidade. Objetivos: Avaliar o perfil e a qualidade de vida dos pacientes com AR, e verificar a relac¸ão da atividade da AR medida por intermédio do DAS-28, com relac¸ão neutrófilo/linfócito (NLR) e relac¸ão plaqueta/linfócito (PLR). Métodos: Foram entrevistados 148 pacientes com AR, com pelo menos 4 critérios do American College Rheumatology, maiores de 18 anos, sendo coletados os dados demográficos e de evoluc¸ão clínica da AR. Para avaliac¸ão da atividade clínica foi utilizado o DAS-28, e para o grau de comprometimento causado pela doenc¸a, foi utilizado o Health Assesment Questionnaire (HAQ). Resultados: O estudo foi formado por 87,8% de mulheres e 12,1% de homens; a média da idade foi de 55,25 ± 10,89 anos; apenas 7,6% apresentaram nódulos reumatoides; e o fator

PO14 ASSOCIAC¸ÃO DE SÍNDROME DE MELKERSSON-ROSENTHAL E ARTRITE REUMATOIDE L.M.G. Alencar, R.A. Cordeiro, J.L. Oliveira, D.C. Rosário, K.R. Bonfiglioli, M.L. Neto Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP, Brasil Palavras-chave: Artrite reumatoide; Síndrome MelkerssonRosenthal; Paralisia facial recorrente Introduc¸ão: A síndrome de Melkersson-Rosenthal (SMR) é uma doenc¸a rara caracterizada pela tríade de paralisia facial periférica, edema orofacial e fissuras na língua. Sua etiologia permanece indefinida, porém há relatos de associac¸ão com doenc¸as inflamatórias, como Doenc¸a de Crohn e Sarcoidose, assim como doenc¸as auto-imunes, como o Lupus Eritematoso

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Sistêmico. Os autores trazem um relato da associac¸ão da síndrome de Melkersson-Rosenthal com Artrite Reumatoide (AR). Descric¸ão do caso: Paciente de 50 anos, sexo feminino, parda, com antecedente de Síndrome de Melkersson-Rosenthal desde os 32 anos de idade, baseado em paralisia facial periférica à direita, edema de face e língua com fissuras. Encaminhada ao Reumatologista aos 35 anos, quando iniciou quadro de poliartrite de pequenas e grandes articulac¸ões, simétrica e com rigidez matinal prolongada. Os exames laboratoriais evidenciaram provas de atividade inflamatória elevadas, bem como fator reumatoide e anti-CCP em altos títulos, sendo diagnosticada com AR soropositiva. Durante investigac¸ão diagnóstica foi submetida à biópsia de lábio inferior que evidenciou processo inflamatório crônico inespecífico. Doenc¸a de Crohn, Sarcoidose e Tuberculose foram descartados como diagnósticos diferenciais devido achados de EDA e Colonoscopia com biópsias seriadas sem alterac¸ões, assim como TC de tórax não compatível como as doenc¸as granulomatosas supracitadas. Durante tratamento da AR, apresentou resposta insatisfatória ao uso de metotrexato e sulfassalazina em doses otimizadas, o que motivou a introduc¸ão de imunobiológicos e o quadro de paralisia facial é atenuado com aplicac¸ão regular de toxina botulínica em servic¸o de Neurologia. Discussão: O diagnóstico da SMR é baseado nos achados clínicos e, por conseguinte, a biópsia não é necessária, apesar de contribuir na exclusão de diagnósticos diferenciais. A associac¸ão da síndrome de Melkersson-Rosenthal com doenc¸as auto-imunes já é conhecida, porém não há relatos na literatura desta associada à Artrite Reumatoide.

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a Hospital Universitário Gaffrée e Guinle (HUGG), Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), Rio de Janeiro, RJ, Brasil b Servic¸o de Reumatologia, Hospital Universitário Gaffrée e Guinle (HUGG), Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), Rio de Janeiro, RJ, Brasil Palavras-chave: Artrite Reumatoide; Dislipidemia; Atividade de Doenc¸a

1. Elias MK, Mateen FJ, Weiler CR. The Melkersson–Rosenthal syndrome: a retrospective study of biopsied cases. J Neurol. 2013;260:138–43. 2. Ozgursoy OB, Ozgursoy SK, Tulunay O, Kemal O, Akyol A, Dursun G. Melkersson-Rosenthal syndrome revisited as a misdiagnosed disease. Am J Otolaryngol. 2009;30:33–7. 3. Jasinska D, Boczon J. Melkersson-Rosenthal syndrome as an early manifestation of mixed connective tissue disease. Eur J Med Res. 2015;20:100. 4. Bajpai M, Pardhe N. Melkersson-Rosenthal Syndrome-A rare finding. J Ayub Med Coll Abbottabad. 2016;28:214. 5. Bakshi SS. Melkersson-Rosenthal Syndrome. J Allergy Clin Immunol Pract. 2017;5:471–2.

Introduc¸ão: Os pacientes com artrite reumatoide (AR) têm uma incidência aumentada de doenc¸as cardiovasculares, tanto por causa das próprias alterac¸ões inflamatórias sistêmicas que ocorrem no contexto da AR, que implicam numa alterac¸ão no perfil lipídico e aterosclerose acelerada, quanto por fatores indiretos, como o sedentarismo, resultante da limitac¸ão funcional causada pelas alterac¸ões articulares. Objetivo: Correlacionar o índice de atividade da doenc¸a e marcadores inflamatórios com o perfil lipídico de pacientes com AR antes e após a introduc¸ão da terapia com agentes biológicos anti-fator de necrose tumoral alfa (Anti-TNF alfa). Método: Trata-se de uma série de casos baseados na revisão dos prontuários de 41 pacientes. Os dados (Velocidade de Hemossedimentac¸ão - VHS, Disease Activity Score - DAS28, e Perfil Lipídico) foram coletados no intervalo de dois anos antes e dois após a introduc¸ão da terapia com Anti-TNF alfa. Os valores quantitativos foram demonstrados como média e desvio-padrão, sendo comparados a posteriori por meio do teste t de Student. Considerou-se como estatisticamente significativo o valor de p < 0,05. Resultados: As médias do DAS 28 e do VHS, diminuíram de 4,15 para 3,50 (p = 0,001) e de 42,06 mm para 33,41 mm (p = 0,015), nessa ordem. Ao final do estudo, 65% da amostra tinha o triglicerídeo e 53% tinha o colesterol total dentro da faixa desejável. Porém, apenas 26% tinham o HDL e 19% o LDL dentro da mesma, respectivamente. Conclusão: Apesar da considerável melhora dos parâmetros inflamatórios e do DAS-28 com o uso dos Anti-TNF alfa, não houve simultaneamente uma melhora do perfil lipídico. Portanto, acredita-se que o perfil lipídico continue atuando como fator de risco independente para as doenc¸as cardiovasculares. Assim sendo, a prescric¸ão de atividades físicas, diante de um melhor controle de atividade da doenc¸a, é uma das possíveis estratégias viáveis para a reduc¸ão do risco cardiovascular.

http://dx.doi.org/10.1016/j.rbr.2017.06.017

refer ê ncias

refer ê ncias

PO15 ASSOCIAC¸ÃO ENTRE PERFIL LIPIDICO E ATIVIDADE DE DOENC¸A EM PACIENTES COM ARTRITE REUMATOIDE EM USO ANTI TNF ALFA L.R. Martins a , Y.F.B. Chagas b , C.M.M. Veiga b , A.V.O. Silva b , V.G. Vigneron b , W.P. Padilla b , F.C. Freire b , J.L.P. VAz b , M.C.F. Salgado b

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