AORTITE E DISTÚRBIO DE CONDUÇÃO AV EM PACIENTE COM ARTRITE RELACIONADA A ENTESITE (ESPONDILOARTRITE JUVENIL)

AORTITE E DISTÚRBIO DE CONDUÇÃO AV EM PACIENTE COM ARTRITE RELACIONADA A ENTESITE (ESPONDILOARTRITE JUVENIL)

r e v b r a s r e u m a t o l . 2 0 1 7;5 7(S 1):S106–S120 REVISTA BRASILEIRA DE REUMATOLOGIA www.reumatologia.com.br Pôsteres Espondiloartrites P...

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REVISTA BRASILEIRA DE REUMATOLOGIA www.reumatologia.com.br

Pôsteres

Espondiloartrites

PO176 ALTERAC¸ÕES ELETROCARDIOGRAFICAS EM ESPONDILITE ANQUILOSANTE: UM ESTUDO SOBRE INFLUÊNCIA DO HLA B27 E DO USO DE ANTI TNFS L. Kirchner, B. Longo, T.A.F.G. Santos, J. Castaman Hospital Universitário Evangélico de Curitiba, Curitiba, PR, Brasil Palavras-chave: Espondilite anquilosante; eletrocardiograma; B27 Introduc¸ão: O corac¸ão é um dos órgãos envolvidos nas manifestac¸ões extra-articulares da espondiloartrites sendo a insuficiência aórtica a sua expressão mais conhecida. Distúrbios de conduc¸ão no eletrocardiograma (ECG) também têm sido descritos e existem autores que associam o seu aparecimento com a presenc¸a do HLA B27. Alguns estudos têm sugerido que medicac¸ões anti-TNF␣, usadas no tratamento das espondiloartrites, podem se associar com alterac¸ões em intervalo QT do ECG. Objetivo: Avaliar prevalência de alterac¸ões eletrocardiográficas em pacientes com Espondilite Anquilosante (EA) correlacionando-se-as com o uso de anti-TNF␣ e presenc¸a do HLA B27. Métodos: Estudo transversal com 32 pacientes com diagnóstico de EA nos quais foram levantados dados clínicos, laboratoriais e epidemiológicos, comorbidades, variáveis epidemiológicas, antropométricas e uso de medicamentos. Os pacientes foram pareados por gênero e idade com um grupo controle de outros 32 indivíduos. Todos foram submetidos a eletrocardiograma realizado com aparelho de superfície de 12 derivac¸ões, velocidade de 25 mm/seg e calibrac¸ão de 10 mm/mV. Analisou-se: ritmo, frequência cardíaca, distúrbios de conduc¸ão e intervalo QT corrigido pela formula de Bazett. Todas as leituras de ECG foram feitas por um único pesquisador.

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Resultados: Dos 32 pacientes com EA, 16 usavam drogas anti-TNF␣. Distúrbio de conduc¸ão como bloqueio AV 1◦ Grau foi encontrado apenas no grupo de EA (p = 0,07 em relac¸ão aos controles); PCRD (perturbac¸ão de conduc¸ão de ramo direito pelo feixe de His) foi mais frequente no grupo de EA (p = 0,017) do que nos controles com OR = 4,9 (95%IC = 1,4-17,58). O uso de anti-TNF␣ e a presenc¸a do HLA B27 não influíram no aparecimento de alterac¸ões eletrocardiográficas. Conclusão: Pacientes com AS tem uma alta prevalência de alterac¸ões eletrocardiográficas, principalmente PCRD. O HLA B27 e uso de anti-TNF-␣ não influíram nas alterac¸ões eletrocardiográficas.

refer ê ncias

1. Di Franco M, Paradiso M, Ceccarelli F, Scrivo R, Spinelli FR, Iannuccelli C, et al. Biological drug treatment of rheumatoid arthritis and spondyloarthritis: effects on QT interval and QT dispersion. J Rheumatol. 2012;39:41–5. 2. Kwon HJ, Cote TR, Cuffe MS, Kramer JM, Braun MM. Case reports of heart failure after therapy with a tumor necrosis factor antagonist. Ann Intern Med. 2003;138:807–11. 3. Restrepo JP, Molina MDP. Bloqueio cardíaco completo em espondilite anquilosante. Rev Bras Reumatol. 2012;52:802–3.

http://dx.doi.org/10.1016/j.rbr.2017.07.065 PO177 AORTITE E DISTÚRBIO DE CONDUC¸ÃO AV EM PACIENTE COM ARTRITE RELACIONADA A ENTESITE (ESPONDILOARTRITE JUVENIL) M.M. Pereira, M.J. Carmo, M.S. Mastella, I.A. Pereira Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL), Tubarão, SC, Brasil Introduc¸ão: Manifestac¸ões cardiovasculares são descritas em pacientes com espondilite anquilosante e incluem

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insuficiência aórtica e arritmia. O aparecimento destas complicac¸ões na forma de início juvenil é raro. Relato de caso: Paciente masc., iniciou aos 14 anos com artrite na coxofemoral esquerda, tornozelo esquerdo e entesite de tendão de Achilles. A RM de sacroilíacas mostrou sinais de sacroiliite esquerda, VHS de 41 mm 1 a h, PCR 19,2 mg/L, FR negativo e HLA B27 positivo. Teve diagnóstico de espondiloartrite juvenil (artrite relacionada a entesite) e iniciou metotrexate 15 mg por semana, prednisona 5 mg e naproxeno. Evoluiu com dor torácica, palpitac¸ões e dispneia aos esforc¸os. Uma investigac¸ão cardiovascular foi iniciada, sendo que o ecocardiograma e RM do corac¸ão demonstraram a presenc¸a de aortite no arco aórtico e aorta ascendente, e o holter de 24 h mostrou a presenc¸a de distúrbio de conduc¸ão AV e arritmia ventricular. Evoluiu com melhora clínica dos sintomas e achados dos exames cardiovasculares após o início do Adalimumabe 40 mg SC a cada 15 dias. Discussão: De forma contrária aos pacientes com espondiloartrite de início em idade adulta, o acometimento cardiovascular em faixa etária juvenil é pouco descrito. A presenc¸a de sintomas sugestivos de arritmia ou dor torácica em pacientes com espondiloartrite juvenil, em particular aqueles com HLA B27 positivo, deve alertar para esta grave complicac¸ão, já que o tratamento do quadro inflamatório sistêmico pode determinar melhor desfecho clínico.

refer ê ncias

1. Lee S, Im HY, Schueller WC. HLA-B27 positive juvenile arthritis with cardiac involvement preceding sacroiliac joint changes. Heart. 2001;86:e19. 2. Jimenez-Balderas F, Garcia-Rubi D, Perez-Hinojosa S, Arellano J, Yanez P, Sanchez M, et al. Two-Dimensional Echo Doppler Findings in Juvenile and Adult Onset Ankylosing Spondylitis with Long-Term Disease. Angiology. 2001;52:543–8. 3. Kim T, Jung S, Sohn S, Park M, Kim S. Aneurysmal Dilatation of Ascending Aorta and Aortic Insufficiency in Juvenile Spondyloarthropathy. Scand J Rheumatol. 1997;26:218–21.

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artrite enteropática é de extrema importância no que diz respeito à qualidade de vida do paciente, pois trata-se de doenc¸a crônica, potencialmente debilitante, que pode afetar a func¸ão e levar à incapacidade laboral com prejuízo no convívio social (Rudwaleit M). Faz-se necessário, então, que pacientes com sinais e sintomas de espondiloartrite sejam prontamente encaminhados ao reumatologista para tratamento precoce, a fim de evitar tais prejuízos. Objetivo: Determinar a prevalência de manifestac¸ões articulares em uma coorte de pacientes com DII e selecionar quais pacientes necessitam prosseguir com investigac¸ão em busca de um diagnóstico de espondiloartrite enteropática, seguindo os critérios ASAS. Método: Estudo observacional transversal, onde todos os pacientes do ambulatório de DII de um Hospital Universitário, que concordaram em participar do estudo e assinaram termo de consentimento livre e esclarecido, foram entrevistados a procura de manifestac¸ões articulares. Um questionário padronizado foi aplicado contendo as características clínicas citadas no critério de classificac¸ão ASAS para espondiloartrites axiais e periféricas. Resultados: Foram entrevistados 119 pacientes, 75 mulheres e 44 homens, com idade média de 48 anos (18-83), 57 pacientes (48,7%) com Doenc¸a de Chron, 56 (47,9%) com Retocolite Ulcerativa e 4 (3,4%) com DII indiferenciada. De todos os pacientes entrevistados, 21(17,6%) tinham lombalgia inflamatória, 16 (13,4%) artrite periférica pregressa e 3 (2,5%) artrite atual, 75 (63%) dor articular axial e/ou periférica mecânica e 6 (5%) dor difusa. Em etapa posterior os pacientes serão submetidos a RNM de sacroilíacas, HLA-B27, PCR e dosagem de calprotectina sérica e fecal. Conclusão: Sintomas articulares são frequentes em pacientes com DII. Identificar quais sintomas são de caráter inflamatório torna-se necessário para que o diagnóstico da espondiloartrite enteropática seja feito. Em nossa casuística 40 (33,6%) pacientes necessitam de investigac¸ão complementar.

refer ê ncias http://dx.doi.org/10.1016/j.rbr.2017.07.066 PO178 AVALIAC¸ÃO DE MANIFESTAC¸ÕES ARTICULARES EM PACIENTES COM DOENC¸A INFLAMATÓRIA INTESTINAL V. Valim, T.M. Ribeiro, R. Pretti, A.A. Franzin, T.B. Clemente, E.G. Sales, M.K. Huber, M.B.R.O. Gavi Hospital Universitário Cassiano Antonio Moraes (HUCAM), Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Vitória, ES, Brasil Palavras-chave: Espondiloartrite enteropática; Doenc¸a Inflamatória Intestinal; Manifestac¸ões articulares Introduc¸ão: Sintomas musculoesqueléticos são as manifestac¸ões extraintestinais mais comuns em pacientes com doenc¸a inflamatória intestinal (DII) (Carmen S, Resende GG). Diagnosticar precocemente uma espondilo-

1. Stolwijk C, Pierik M, Landewé R, Masclee A, van Tubergen A. Prevalence of self-reported spondyloarthritis features in a cohort of patients with inflammatory bowel disease. Can J Gastroenterol. 2013;27:199–205. 2. Rudwaleit M. New approaches to diagnosis and classification of axial and peripheral spondyloarthritis. Curr Opin Rheumatol. 2010;22:375–80. 3. Resende GG, Lanna CCD, Bortoluzzo AB, Gonc¸alves CR, Silva JAB, Ximenes AC, et al. Artrite enteropática no Brasil: dados do registro brasileiro de espondiloartrites. Rev Bras Reumatologia. 2013;53:452–9. 4. Goldfarb M, Leite N, Rubistein T, Lederman R, Guimaräes SJ, Mesquita M, et al. Manifestac¸ões reumáticas na retocolite ulcerativa idiopática. Estudo de 98 casos no HSE e revisão da literatura. Rev Bras ReumatoI. 1985;25:53–6. 5. Maeda K, Okada M, Yao T, Sakurai T, Iida M, Fuchigami T, et al. Intestinal and extraintestinal complications of Crohn’s disease: predictors and cumulative probability of complications. J Gastroenterol. 1994;29:577–82.

http://dx.doi.org/10.1016/j.rbr.2017.07.067