r e v b r a s r e u m a t o l . 2 0 1 7;5 7(S 1):S345–S378
amplo espectro, sendo eficaz contra a infecc¸ão. Após, foi iniciado pulsoterapia com metilpredinisolona e ciclofosfamida e boa resposta da vasculite, porém a crianc¸a evoluiu com amputac¸ão de falange distal do 5 o quirodáctilo direito, debridamento de calcâneo, mas com melhora da isquemia, da leucocitose e cicatrizac¸ão de lesões ulceradas. Conclusão: Histologia das lesões cutâneas e manifestac¸ões clínicas efetuaram o diagnóstico de LTA. A lesão ulcerada induzida pela LTA é uma fonte de infecc¸ão bacteriana que pode promover quadro de vasculite de PAN cutânea.
refer ê ncias
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anos, com PCR há 5 anos. Iniciou a doenc¸a com encefalite límbica, sendo instituído pulsoterapia com metilprednisolona. Entretanto, após 9 meses, houve recidiva da encefalite límbica, acompanhada de sintomas constitucionais, episclerite e condrite auricular bilateral. Foi reiniciada pulsoterapia com metilprednioslona associada à ciclofosfamida mensal. Posteriormente, iniciada azatioprina como droga de manutenc¸ão, com a estabilidade da doenc¸a, porém com sequelas cognitivas. (C) Paciente do sexo feminino, 37 anos, com PCR há 10 anos. No início apresentou condrite auricular bilateral, edema nasal, dispneia, rouquidão, hiperemia ocular, além de cefaleia hemicraneana de forte intensidade. Recebeu pulsoterapia com metilprednisolona e ciclofosfamida e, posteriormente, azatioprina. Está com a doenc¸a em remissão há 08 anos. (D) Paciente do sexo feminino, 67 anos, com PCR há 8 anos. Iniciou com quadro de condrite auricular bilateral, poliartralgia, hiperemia ocular, rouquidão e paralisia facial de caráter central. Iniciado glicocorticoide oral e, posteriormente, metotrexato. Apresenta a doenc¸a em remissão há 05 anos. Discussão: O acometimento neurológico na PCR é incomum, variável e mau prognóstico. Entretanto, o diagnóstico precoce da doenc¸a e com uma pronta instituic¸ão terapêutica permite um bom êxito na maioria dos casos, como mostrados no presente estudo.
refer ê ncias
http://dx.doi.org/10.1016/j.rbr.2017.07.508 PO609 POLICONDRITE RECIDIVANTE COM ACOMETIMENTO DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL L.M.B. Silva a , D.M. Nunes Filho a , S.C.C.R. Ribeiro a , T.C.M. Silva a , M.M. Simabukuro b , S.K. Shinjo a a
Disciplina de Reumatologia, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), São Paulo, SP, Brasil b Disciplina de Neurologia, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), São Paulo, SP, Brasil Palavras-chave: Policondrite recidivante; Sistema Nervoso Central; Autoimune Introduc¸ão: A policondrite recidivante (PCR) é uma doenc¸a autoimune sistêmica que raramente acomete o sistema nervoso central. No presente estudo, os autores apresentam quatro casos de PCR (critérios de McAdam, 1976) com manifestac¸ões neurológicas variáveis. Descric¸ão de casos: (A) Paciente do sexo masculino, 49 anos, com PCR há 16 anos. No início da doenc¸a apresentou condrite auricular, poliartrite não erosiva, déficit auditivo, uveíte, cefaleia e meningoencefalite. Na ocasião foram afastadas causas infecciosas e neoplásicas. Recebeu pulsoterapia com metilprednisolona e ciclofosfamida, e diversos imunossupressores como poupadores de glicocorticoides. Há 7 anos, com a doenc¸a em remissão. (B) Paciente do sexo masculino, 47
1. Jeon CH. Relapsing polychondritis with central nervous system involvement: experience of three different cases in a single center. J Korean Med Sci. 2016;31:1846–50. 2. Simabukuro MM, Lucato LT, Shinjo SK, Flores WL, Castro LH, Teaching NeuroImages:. Limbic encephalitis associated with relapsing polychondritis. Neurology. 2016;86:e215–6. 3. Pallo PA, Levy-Neto M, Pereira RM, Shinjo SK. Policondrite recidivante: prevalência de doenc¸as cardiovasculares e seus fatores de risco e características gerais da doenc¸a de acordo com o gênero. Rev Bras de Reumatol. 2017. In Press. https://doi.org/10.1016/j.rbr.2017.01.002. 4. Shen K, Yin G, Yang C, Xie Q. Aseptic meningitis in relapsing polychondritis: a case report and literature review. Clin Rheumatol. 2017. In Press. https://doi.org/10.1007/s10067-017-3616-7.
http://dx.doi.org/10.1016/j.rbr.2017.07.509 PO610 PREVALÊNCIA DE CRIOGLOBULINEMIA E VASCULITE CRIOGLOBULINÊMICA EM PACIENTES PORTADORES DE HEPATITE C CRÔNICA ACOMPANHADOS EM SERVIC¸O DE REFERÊNCIA M.F. Aguiar, M.L.G. Ferraz, L.E.C. Andrade, A.L.F. Janes, G.I.G. Brandes, A.W. Souza Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP, Brasil Palavras-chave: Vasculite crioglobulinêmica; Hepatite C; Crioglobulinemia