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j coloproctol (rio j). 2 0 1 7;3 7(S 1):73–176
timento de múltiplos segmentos intestinais ou de múltiplos órgãos é mais comum. O diagnóstico é feito em apenas 0,9% a 5% dos casos, geralmente quando complicac¸ões significativas se desenvolvem. Conclusão: O tratamento cirúrgico das metástases intestinais do melanoma metastástico é paliativo e pode ser necessário em casos de obstruc¸ão intestinal ou anemia grave secundária a sangramento crônico. https://doi.org/10.1016/j.jcol.2017.09.039 P-039 RELATO DE CASO: CÂNCER DE CÓLON TRANSVERSO COM METÁSTASE METACRÔNICA EM MESORRETO Luana Bringhenti, Johanna Johann, Daniel Azambuja, Gabriela Ott Wagner, Tatiana Mie Masuko, Diego Inacio Goergen, Fernando José Savóia de Oliveira Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, Porto Alegre, RS, Brasil Introduc¸ão: O câncer de cólon é um dos mais comumente diagnosticados em todo o mundo e embora tenha se observado um aumento de sua incidência nos últimos anos, ocorreu também uma grande melhoria em seu prognóstico devido ao desenvolvimento e aprimoramento dos métodos diagnósticos e terapêuticos. A sobrevida global, entretanto, pode ser seriamente encurtada devido à presenc¸a de metástases a distância durante o seguimento. O fígado é o sítio mais comum de metástases metacrônicas, seguido do pulmão e relatos esporádicos também descrevem o bac¸o, tireoide, estômago, trato urinário e parede abdominal. Apresentamos um caso raro de câncer de cólon transverso com metástase metacrônica em mesorreto. Relato de caso: Paciente masculino, 59 anos, com história de neoplasia em cólon transverso proximal diagnosticada em 2014. Estadiamento pré-operatório não demonstrou metástases a distância ou tumores sincrônicos. Níveis de CEA normais. Foi submetido a ileocolectomia, anatomopatológico evidenciou adenocarcinoma moderadamente diferenciado que invadia a gordura pericolônica, com invasão angiolinfática e metástase em um linfonodo de 35 ressecados (T4). Fez adjuvância e, após dois anos de seguimento, tomografia de controle demonstrou nódulo perirretal à direita, de 2,4 x 2,1 cm, mais provavelmente relacionado à linfonodomegalia patológica. Demais exames sem alterac¸ões. Feito controle radiológico em três meses com aumento das dimensões da lesão para extensão de 4,1 x 3,5 x 3,8 cm. Devido a forte suspeita de recidiva neoplásica, foi submetido a retossigmoidectomia e colostomia terminal. AP: adenocarcinoma pouco diferenciado em tecido mesorretal com invasão da parede retal, sem comprometer a mucosa, invasão angiolinfática e perineural e com limites circunferencial/distal comprometidos. Avaliado pela oncologia e radioterapia, que indicaram tratamento paliativo. Conclusão: Metástases metacrônicas de tumores colônicos localizadas no mesorreto são extremamente raras. A via de disseminac¸ão é desconhecida, embora a via linfá-
tica seja a mais aceitável. Acredita-se que o fluxo linfático apresente um padrão mais difuso de disseminac¸ão, deve-se dar a devida atenc¸ão para o mesorreto no seguimento oncológico. https://doi.org/10.1016/j.jcol.2017.09.040 P-040 USO DE PRÓTESE ENDOSCÓPICA EM TUMOR DE SIGMOIDE Natalia Barros Pinheiro, Raul Cutait, Danilo Daud, Felipe Attie Akl, Roger Leme da Silva Farias, Amanda Machado Bernardo Ziegler, Rafael de Castro Santana Arouca Hospital Sírio-Libanês, São Paulo, SP, Brasil Introduc¸ão: A cada ano aumenta o número de novos casos de câncer de cólon e de câncer de reto, 10-30% apresentam obstruc¸ão do intestino grosso como apresentac¸ão inicial. A obstruc¸ão colorretal aguda, independentemente de sua natureza, é uma emergência que requer tratamento imediato. O uso de prótese endoscópica tem sido encorajado, pois possibilita o alívio temporário das obstruc¸ões agudas. Em 1991, Dohmoto relatou inicialmente o uso restrito em doenc¸a paliativa maligna. Mais recentemente, seu uso tem sido como ponte para a cirurgia, melhora a obstruc¸ão. Como vantagem para o uso de próteses, têm-se; efeitos terapêuticos de longa durac¸ão, bem tolerados, e baixos índices de morbidade e mortalidade. Relato de caso: Sexo masculino, 80 anos, admitido com história de alterac¸ão do hábito intestinal havia seis meses. Feita colonoscopia um mês antes da internac¸ão, revelou lesão vegetante e ulcerada em retossigmoide, com AP: adenocarcinoma bem diferenciado. CT de abdome e pelve revelou espessamento parietal circunferencial irregular, com realce pelo meio de contraste, localizado no cólon sigmoide distal, media 46 mm; esparsos nódulos sólidos hipovasculares no fígado, compatíveis com lesões secundárias; linfonodos proeminentes no hilo hepático. CEA: 534 mcg/L. Colonoscopia: introduc¸ão do colonoscópio até 15 cm da linha pectínea onde se observou lesão úlcero-vegetante que ocupava quase completamente a luz do órgão, impossibilitava a passagem do aparelho. Optou-se pelo uso do gastroscópio, que ultrapassou com dificuldade a lesão, que tinha cerca de 6 cm no seu maior eixo. Feitas a passagem e colocac¸ão de prótese 22 x 90 mm guiada por radioscopia sem intercorrências. Paciente idoso, com comorbidades relevantes, com diagnóstico de adenocarcinoma de cólon sigmoide obstrutivo com linfonodos de drenagem aumentados e metástases hepáticas, optou-se pela passagem de prótese por via endoscópica. Portanto, observa-se a relevância do tratamento conservador com passagem de protése endoscópica e seguimento neoadjuvante. https://doi.org/10.1016/j.jcol.2017.09.041